Início » Alterações climáticas – inquérito europeu sobre o uso de gases com elevado potencial de efeito de estufa na refrigeração em supermercados
SONAE e Jerónimo Martins estão no bom caminho, mas alguns supermercados poderão ter surpresa desagradável em 2018
A adoção de tecnologias de arrefecimento amigas do clima está a aumentar na Europa, mas algumas empresas de distribuição que estão a tardar em adota-las vão ter um grande choque financeiro quando entrarem em vigor os cortes na comercialização dos hidrofluorcarbonetos (HFCs).
O Regulamento da UE para os gases fluorados, em vigor desde 2015, estabelece uma rápida redução no uso dos HFCs, uma família de gases com efeito de estufa centenas a milhares de vezes mais poderosa que o dióxido de carbono (CO2), que são habitualmente usados na refrigeração, ar-condicionado, proteção contra incêndios, aerossóis e espumas.
A partir do próximo ano, a disponibilidade de HFCs no mercado vai ser reduzida em cerca de 48%, uma medida que se espera que resulte em aumentos drásticos dos preços e redução dos volumes disponíveis para as empresas de distribuição que ainda não adotaram alternativas mais amigas do clima; os preços de alguns destes gases já aumentaram 62% no primeiro trimestre de 2017.
O aviso foi lançado por um estudo da Environmental Investigation Agency (EIA) – Londres, com a participação da Associação ZERO no reporte das empresas portuguesas, no lançamento do Chilling Facts VII, o mais recente de uma série relatórios com o objetivo de pressionar para uma mudança no setor de forma a reduzir a pegada de aquecimento global dos supermercados.
Para este relatório, 22 empresas de distribuição disponibilizaram informação relativa a 2015 de supermercados de 37 países.
Avaliando a preparação para o Regulamento dos gases fluorados e a evolução em deixar de utilizar os HFCs, o Chilling Facts VII destacou 8 empresas de distribuição como os ‘Green Cooling Leaders’ (Lideres verdes do arrefecimento) – Albert Heijn, Aldi Süd, Carrefour, Kaufland, Metro Cash & Carry, Migros, Tesco e Waitrose.
A nível intermédio estão a Marks and Spencer, Jerónimo Martins, Real, Rewe Germany e Sonae, enquanto na retaguarda estão Aldi Nord, Delhaize Belgium, o retalhista espanhol Dia, a Auchan Portugal e o retalhista irlandês Musgrave.
Clare Perry, chefe da Campanha climática da EIA, diz: “As empresas de distribuição europeias destacam-se como lideres a nível global na adoção da refrigeração comercial livre de HFCs mas, apesar das alternativas sem HFCs já bem estabelecidas e eficientes existentes, a adoção destes sistemas por toda a Europa está muito aquém do necessário para acompanhar o rápido retirar do mercado dos HFCs estabelecido pela UE.”
“Adicionalmente, existe uma preocupação real de que a redução da disponibilidade de HFCs não só resulte em faturas elevadas dos gases refrigerantes, mas que a forte procura das empresas de distribuição possa impulsionar o comércio ilegal de HFC, algo que se testemunhou quando os hidroclorofluorocarbonetos (HCFCs) foram banidos.”
As recomendações do Chilling Facts VII incluem encorajar as empresas de distribuição a implementar refrigeração sem HFC em todas as novas lojas e remodelações, e colocar portas em todas as unidades de refrigeração e congelação.
O relatório apela a que os fabricantes invistam em CO2 e outras tecnologias de refrigerantes naturais para supermercados de grande e pequena dimensão e recomenda que os governos apoiem financeiramente os mais pequenos para fazerem a transição para deixarem de usar os HFCs e incentivar a aplicação das portas nos frigoríficos e congeladores.
A ZERO aplaude o caminho já feito pelas empresas nacionais que tinham a dificuldade acrescida das condições climáticas não serem tão favoráveis à adoção destes sistemas. Filipa Alves, coordenadora do estudo em Portugal afirmou: “atualmente já existe a tecnologia necessária para que esta mudança seja feita com menores custos, sem perdas de eficiência energética e com reduções significativas na utilização de gases com elevado efeito de estufa”.
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