Início » Portugal bloqueia reformas que ajudariam os consumidores a reduzir a sua fatura energética
A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável tem conhecimento que o governo português está propositadamente a impedir que os cidadãos europeus poupem dinheiro nas suas faturas energéticas e que comprem eletrodomésticos energeticamente mais eficientes e mais avançados.
Portugal está a procurar atrasar, pelo menos até 2023, as propostas do Parlamento Europeu para uma revisão urgente da etiqueta energética dos equipamentos, que permitiria mostrar a sua eficiência de forma mais clara do que acontece atualmente.
A etiqueta de eficiência energética, tal como está, é obsoleta para produtos como frigoríficos, máquinas de lavar roupa e loiça, em que o pior modelo disponível tem a classificação A+, numa etiqueta com uma escala de A+++ a D. Por outro lado, o facto da etiqueta de alguns produtos ter uma escala de A+++ a D e noutros, uma escala de A a G, também provoca confusão entre os consumidores. Pretende-se assim uma uniformização das classes de A a G, sendo que Portugal é um dos países que está a bloquear esta decisão, impedindo que os cidadãos europeus reduzam as suas faturas domésticas de energia nos próximos anos.
Ao fazer isto, Portugal está a proteger os interesses de fabricantes retrógrados, pois permite que continue instalada a confusão atual em volta da etiqueta energética europeia. Esta situação só promove a venda de equipamentos ineficientes, em vez de beneficiar os fabricantes mais evoluídos que precisam de uma nova etiqueta que evidencie o avanço tecnológico e a redução de consumo energético dos produtos.
O governo está também a dificultar a tecnologia de ponta que poderia poupar dinheiro aos consumidores, pois está a proteger os problemas dos equipamentos antigos em detrimento das novas soluções energeticamente eficientes e está, também, a agravar a dependência energética da União Europeia.
Em alternativa, se os governos do Conselho Europeu, incluindo Portugal, chegarem a acordo para rever rapidamente a etiqueta energética, os cidadãos europeus vão rapidamente poupar dinheiro nas suas faturas energéticas por ser possível utilizarem produtos menos consumidores de energia no seu funcionamento. Esta mudança vai reforçar a economia europeia, pois dá aos consumidores mais capacidade económica, premeia os melhores fabricantes e cria empregos, defende um relatório da Comissão Europeia.
De forma desconcertante, Portugal também apoia a revisão desta nova legislação da etiqueta de eficiência energética no espaço de sete anos. Contudo, está simultaneamente a tentar impedir que uma nova etiqueta seja publicada nesse espaço de tempo.
A ZERO teve acesso ao documento onde está a proposta do governo Português para o Conselho Europeu de adiar a introdução da etiqueta energética revista, e um outro documento do Conselho Europeu mostra como esta proposta foi incorporada na posição oficial do Conselho antes das negociações tripartidas com o Parlamento Europeu sobre o assunto.
O Parlamento Europeu propõe desenvolver uma nova etiqueta energética para os equipamentos problemáticos nos próximos meses, com o objetivo de oferecer uma nova etiqueta ao consumidor nos próximos 21 meses, em vez dos 7 anos propostos pelo Conselho Europeu.
As negociações sobre a reforma da etiqueta energética entre o Conselho Europeu, Parlamento Europeu e Comissão Europeia tiveram lugar no início de setembro, estando agendada uma ronda final de negociações para outubro, para conclusão dos trabalhos.
As exigências da ZERO
As negociações a levar a cabo entre as entidades europeias devem ir no sentido de rapidamente solucionar os problemas existentes com a atual etiqueta energética no sentido de tornar mais claro para os consumidores europeus quais os equipamentos energeticamente eficientes, de modo a que estes possam fazer uma escolha informada e reduzir as suas faturas energéticas.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |