Início » Posição da ZERO sobre a decisão de construção de armazém temporário individualizado na central nuclear de Almaraz
ZERO considera que decisão de Espanha só pode ser ultrapassada pelos chefes de governo de Portugal e Espanha
A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável considera que a recente decisão de aprovação de um armazém temporário individualizado na central de Almaraz, é uma atitude prepotente e ilegal por parte do Estado Espanhol, em linha com o já afirmado pelo Ministro do Ambiente de Portugal, Matos Fernandes.
A ZERO considera que qualquer queixa junto da Comissão Europeia, invocando legitimamente a falha cometida pelo Estado Espanhol ao não avaliar os impactes transfronteiriços do armazém de resíduos nucleares e ao não coordenar com as autoridades portuguesas o procedimento de avaliação e a consulta pública, se arrisca a ser inconsequente pelo tempo de análise e decisão pelas entidades europeias, que poderão levar meses a anos até se pronunciarem e haver consequências dessa decisão.
A ZERO considera que, havendo uma correção do processo de avaliação de impacte ambiental por Espanha e mesmo havendo um conjunto de argumentos fortes apresentados por Portugal, Espanha pode tomar a decisão unilateralmente. O futuro da central de Almaraz é efetivamente um problema político grave, onde a recente aprovação do armazenamento temporário de resíduos é já um incidente diplomático. Assim, o encerramento da instalação deve ser decidido com a máxima prioridade entre os chefes de governo de Portugal e Espanha, devendo o Primeiro-Ministro de Portugal intervir desde já.
Como é sabido, o armazenamento atualmente disponível permite a exploração da central até 2020, já praticamente 10 anos para além do período previsto de vida da central (30 anos) que terminou em 2011 e 2013, para cada um dos dois reatores existentes. Assim, o armazém a construir está claramente associado à extensão do período de vida da central para além de 2020, quando, por razões de segurança, a medida mais adequada é o seu fecho imediato.
Os riscos ambientais e para a saúde pública do armazém temporário de resíduos radioativos são relevantes, mas é principalmente o funcionamento de uma central que tem apresentado debilidades crescentes e que está cada vez mais obsoleta, que ao ver a sua vida prolongar-se mais anos, constitui um risco crescente para Portugal, quer por contaminação do rio Tejo, quer por contaminação através da atmosfera em caso de acidente.
Crédito foto: Dirk Rabe (CC0)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |