Início » ZERO quer sistemas de monitorização de pressão de pneus obrigatórios para todos os novos veículos
Estudo realizado em Portugal e Itália aponta risco potencial para a segurança rodoviária e aumento de consumo de combustível/emissões
Os sistemas de monitorização da pressão dos pneus (designado em inglês TPMS, Tyre Pressure Monitoring Systems) ainda não são obrigatórios para todos os veículos novos, mas aqueles que apresentam sistemas TPMS instalados são mais seguros do que os veículos que não os possuem. Esta é a conclusão de um estudo elaborado pela agência de certificação independente Dekra, baseado em uma amostra aleatória de 1000 veículos em Portugal e Itália, divulgado pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E) da qual a ZERO faz parte.
Os sistemas TPMS alertam os condutores quando os pneus do veículo começam a perder ar ou estão com uma pressão perigosamente baixa – o que pode levar a uma condução ineficiente e insegura, com maiores distâncias de travagem, aquaplanagem e desgaste prematuro dos pneus.
O Parlamento Europeu e os Estados-Membros da União Europeia (UE), ao nível do Conselho, estão atualmente a discutir uma proposta para alargar a obrigatoriedade da instalação de sistemas TPMS a todos os novos veículos ligeiros de passageiros, ligeiros comerciais, autocarros e camiões vendidos na UE.
Desde novembro de 2014, todos os novos modelos de veículos vendidos na Europa devem ter o sistema TPMS instalado, mas os sistemas estão com um desempenho abaixo do esperado em condições reais de condução. Além disso, não é exigido legalmente que o mesmo seja instalado em veículos ligeiros comerciais e camiões, embora a Comissão tenha proposto recentemente alargar os requisitos para a instalação de sistemas TPMS em todos os novos veículos ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, autocarros e camiões, e melhorar a metodologia de testes.
Em 2017, cerca de 330 mil veículos novos vendidos na Europa têm tecnologia TPMS com funcionamento defeituoso, o que coloca em risco a segurança dos condutores.
O estudo evidenciou ainda que os sistemas TPMS diretos (os quais medem a pressão dos pneus através de sensores) apresentam resultados mais fiáveis do que os sistemas TPMS indiretos (que se baseiam numa estimativa dada por software), em condições reais de estrada.
Portugal e Itália foram os países europeus visados neste estudo, uma vez que nestes países não se verifica a mudança regular de pneus de inverno/verão que é obrigatória ou usual nos países do Norte da Europa.
Do total de 418 veículos amostrados na cidade de Lisboa, mais de metade (219) não apresentavam sistemas TPMS, 97 apresentavam sistemas TPMS indireto e 102 veículos tinham sistemas TPMS direto.
A ZERO considera que a UE deveria transpor para o direito europeu, de forma integral, o último regulamento da UNECE [2] sobre o sistema TPMS, uma vez que requer que os sistemas funcionem “em uma ampla gama de condições rodoviárias e ambientais” – em vez de apenas no procedimento de teste.
A UNECE fez melhorias no teste TPMS para melhorar o seu desempenho em condições reais de condução. O novo Regulamento Geral de Segurança, em discussão em Bruxelas, deve certificar-se de que os sistemas TPMS são testados em estrada, funcionem corretamente durante toda a vida útil do veículo e são eficazes com pneus de substituição.
Para a ZERO, o TPMS contribui para a melhoria da segurança dos condutores na estrada, e também pode ajudar a poupar combustível e reduzir emissões. Existem milhões de condutores que adquirem novos veículos sem sistemas TPMS. O Regulamento Geral de Segurança é uma oportunidade única para mudar isso e tornar o TPMS obrigatório para todos os veículos novos vendidos na Europa.
Notas para os editores:
[1] Estudo completo da Dekra: https://www.transportenvironment.org/sites/te/files/publications/Report%20-%20EU%20drivers%20at%20risk%20of%20under-inflated%20tyres.pdf
Resultados do estudo na cidade de Lisboa: https://www.transportenvironment.org/sites/te/files/publications/Dekra%20field%20survey%20Lisbon.pdf
[2] A UNECE (Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa) é comissão regional da Organização das Nações Unidas que desenvolve regulamentos para os veículos motorizados sobre segurança e emissões, por exemplo, e que podem ser transpostos, parcial ou totalmente, para a legislação da UE.
Crédito foto: Tookapic/Pixabay
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