Início » O que fazemos » Comunicados de imprensa » Mantém-se o falhanço total na reciclagem de resíduos urbanos, resíduos elétricos e eletrónicos, embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas, e pilhas
Assinala-se hoje, 17 de maio, o Dia Internacional da Reciclagem criado com o objetivo de despertar a sociedade para a necessidade de se refletir sobre as questões ambientais e sobre o consumismo.
Aproveitando esta efeméride, a ZERO vem apresentar novamente o Barómetro da Reciclagem, iniciativa que consiste numa avaliação do desempenho de Portugal quanto aos níveis de reciclagem atingidos para diversos fluxos de resíduos, fazendo-se agora uma análise dos dados de 2021, por ser nesta altura o ano mais recente para o qual existe o maior número de dados atualizados.
Tabela resumo:
Taxa de reciclagem ou de recolha seletiva | Meta | |
Resíduos urbanos (2021) | 21% | 55% – 2025 |
Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos da responsabilidade das entidades gestoras (2021) | 14,5% | 65% – 2021 |
Embalagens de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas | 49,9% | 60% – 2021 |
Pilhas (dados 2020) | 15,6% | 45% – 2020 |
Em 2021, Portugal continental registou uma taxa de reciclagem de resíduos urbanos de 21%, valor para o qual contribuíram 14% com origem na reciclagem multimaterial (plástico, papel, vidro e metais) e 7% com origem na reciclagem de biorresíduos (compostagem/digestão anaeróbia).
Esta taxa de reciclagem é equivalente à registada em 2019, ou seja, Portugal voltou aos níveis anteriores à pandemia, o que equivale a dizer que não houve qualquer progressão neste setor e que o país não vai seguramente atingir a meta de 55% de reciclagem estabelecida para 2025.
Existem várias razões objetivas para esta estagnação da taxa de reciclagem que se tem verificado ao longo dos últimos anos:
As entidades gestoras responsáveis pela recolha e reciclagem dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE), em 2021, apenas recolheram 14,5% desses resíduos, quando as suas licenças emitidas pelo Estado as obrigavam a recolher 65%. As razões deste colapso do sistema da gestão dos REEE são várias e têm vindo a ser denunciadas pela ZERO ao longo dos últimos anos:
De referir que a ZERO apenas comenta os dados oficiais sobre gestão de REEE da responsabilidade das entidades gestoras deste fluxo, por serem os únicos que apresentam algum grau de fiabilidade.
Em 2021 foram recolhidos apenas 49,9% dos resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas, quando a meta da entidade gestora era de 60%, ou seja, mais de 50% destas embalagens, cuja maior parte contém substâncias perigosas, cerca de 604 toneladas, não foram recolhidas e nem devidamente tratadas, gerando riscos para a saúde e o ambiente.
Esta situação é agravada pelo facto desta entidade gestora, desde o início de 2022, ter ficado também responsável pela recolha das embalagens de biocidas (produtos tóxicos utilizados no controlo de animais prejudiciais e na proteção da madeira), cuja retoma de embalagens foi somente de 2%.
A ZERO volta a insistir que este sistema necessita há muito da introdução de um sistema de depósito/retorno, de forma a que os consumidores destes produtos tóxicos tenham um incentivo económico suficientemente forte para devolverem as embalagens, sob pena de marcarmos passo no cumprimento das metas.
Os dados disponíveis para este fluxo de resíduos reportam-se a 2020, ano em que se atingiu uma taxa de recolha de apenas 15,6%, apesar deste sistema já existir há vários anos e quando a meta para esse ano era de 45%.
Neste contexto, a aplicação de um sistema de depósito/retorno afigura-se como a forma mais expedita para se aumentarem as quantidades recolhidas.
As baixas taxas de recolha de embalagens, REEE, embalagens de pesticidas e de pilhas não deixam margem para dúvidas que é fundamental a aplicação de sistemas de depósito/retorno a estes fluxos de resíduos, tal como foi aprovado pela Assembleia da República para as embalagens em plástico, metal e vidro para as bebidas.
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