Início » Ílhavo divulga a sua Pegada Ecológica e Biocapacidade, numa parceria que recebeu Prémio UA Cooperação 2021
O Projeto Pegada Ecológica e biocapacidade dos Municípios Portugueses foi distinguido com o primeiro Prémio Cooperação UA, edição 2021, na área Territórios, economia e cultura, atribuído pela Universidade de Aveiro, no passado dia 15 de fevereiro. O projeto foi destacado pelo reconhecido mérito e excelência no fortalecimento de políticas públicas locais para a sustentabilidade e pela forte cooperação da Universidade de Aveiro com múltiplas entidades, numa parceria com a ZERO – Associação Sistema Terrestre Saudável, a Global Footprint Network, 18 municípios portugueses e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.
Ílhavo, importante parceiro desta iniciativa, divulgou na passada quarta-feira, os resultados da Pegada Ecológica e biocapacidade do seu município, num evento de atribuição de bandeiras verdes às Eco-Escolas do Município, no auditório da Casa da Cultura de Ílhavo. O Município destaca assim o seu contributo para a avaliação da sustentabilidade ambiental do seu território e para a mobilização das Eco-Escolas num caminho mais verde e justo.
Os resultados mostram que a Pegada Ecológica de cada Ilhavense, em 2018, correspondeu a 3,60 hectares globais (gha), um valor 12% abaixo da média de um cidadão português e cerca de 4% abaixo da média da Região de Aveiro. Por sua vez, a biocapacidade do território gerou cerca de 0,38 hectares globais (gha) por pessoa, nesse mesmo ano, salientando-se o importante contributo das suas áreas marinhas e áreas afetas à Ria de Aveiro.
Os resultados demonstram que se o ritmo de consumo municipal se verificasse a nível global, seria necessária uma área bioprodutiva equivalente a 2,18 planetas Terra, para gerar todos os recursos naturais consumidos e absorver as emissões de dióxido de carbono produzidas. Por outras palavras, o Dia Municipal da Sobrecarga da Terra, em 2018, ocorreria a 16 de junho. O Dia da Sobrecarga da Terra marca a data em que a humanidade passa a usar mais da natureza do que o nosso planeta pode renovar em todo o ano, simbolizando o dia em que esgotaríamos o saldo natural que temos para esse ano e que entramos em “défice ecológico”.
A alimentação representa a categoria mais impactante da Pegada Ecológica dos residentes do município (27%), seguindo-se a mobilidade (18%), as despesas com a habitação, energia e água (9%) e os restaurantes e hotéis (7%). O consumo de proteína animal corresponde a cerca de metade da Pegada da Alimentação de um cidadão em Ílhavo: 26% para o peso do peixe e marisco e 22% para o peso da carne.
Para consciencializar os vários cidadãos sobre a insustentabilidade dos padrões de consumo, o município de Ílhavo vai dispor, no seu website, de uma Calculadora da Pegada Ecológica, que permitirá a cada Ilhavense avaliar o seu impacto ambiental. O já ambicioso Programa de Educação Ambiental do Município poderá contar agora com uma ferramenta importante de sensibilização e de consciencialização para soluções inovadoras que tornem o município uma referência nacional.
A sessão, integrada na Cerimónia Municipal de entrega das bandeiras verdes Eco-Escolas, contou com a intervenção da coordenadora científica do projeto, Sara Moreno Pires, da Universidade de Aveiro, tendo o encerramento sido realizado pelo Senhor Presidente de Câmara Dr. João Campolargo, que salientou a absoluta necessidade de todos tomarem como seu o desafio de ajudarem o município a inverter o ciclo em termos de pegada ecológica, e assim do consumo de recursos naturais com os atuais padrões de vida, dando nota das medidas que a própria autarquia assume no seu “eco desempenho”:
– distribuição de mais de 23.000 sacos de compras reutilizáveis e em simultâneo a importância que a reutilização dos equipamentos (deste tipo e de outros) tem na redução ao recurso de novas matérias primas;
– a busca pela melhor resposta com vista a eliminar o copo de café de uso único (18.000/ano) nos diferentes espaços públicos sob gestão da autarquia;
– o reforço de ecoponto nos espaços públicos sob gestão da autarquia;
– a alteração nos equipamentos de recolha de resíduos, aumentando a sua qualidade e em simultâneo a sua oferta;
– a renovação da frota automóvel com veículos elétricos;
– a renovação dos equipamentos de trabalho (por exemplo da jardinagem) com lugar à introdução da vertente elétrica.
Finalizou enfatizando ainda a absoluta necessidade da redução na produção dos resíduos e a uma melhor e maior separação como única resposta a uma diminuição dos custos anuais com o seu tratamento, bem como a importância da continuidade deste trabalho (que já leva anos) com o envolvimento dos diferentes agentes.
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