Início » Manifestação contra o amianto vai parar Camarate a 21 de janeiro
Comunidade educativa da EB 2,3 Mário de Sá Carneiro, em Camarate, está farta de promessas e vai endurecer a luta contra o amianto e pela requalificação daquele equipamento escolar. Manifestação conta com a colaboração do Movimento Escolas Sem Amianto (MESA), do qual a escola é membro fundador.
Alunos, pais, professores e funcionários não docentes da EB 2,3 Mário de Sá Carneiro, em Camarate, concelho de Loures, vão organizar uma manifestação, no próximo dia 21 de janeiro, às 10h30, para protestar contra a presença de materiais extremamente degradados contendo amianto naquela escola e exigir obras de requalificação urgentes naquele equipamento escolar. A organização parte de professores, funcionários não docentes e alunos da escola, em colaboração com Associação de Pais do Agrupamento D. Nuno Alvares Pereira (APDNAP) e o Movimento Escolas Sem Amianto (MESA), do qual este agrupamento de escolas foi um dos fundadores.
Na manifestação, que se estenderá em torno da vila de Camarate, através de uma marcha que vai juntar alunos, pais, professores e funcionários não docentes, estarão presentes representantes da associação de pais, da direção do agrupamento, do MESA e da associação ambientalista ZERO.
O objetivo principal é alertar para a presença de materiais muito degradados contendo amianto em várias estruturas da escola, nomeadamente em pavilhões em madeira com mais de 30 anos e que nunca sofreram obras de requalificação.
A acrescentar ao amianto, existem diversos outros problemas estruturais na EB 2,3 Mário de Sá Carneiro, entre eles, infiltrações no ginásio, salas de aula onde chove e onde o chão está tão degradado que já só existe cimento.
“A existência de materiais que contêm amianto em escolas públicas, coloca em risco a saúde, não só das crianças mas também de professores e funcionários, pelo que não é minimamente compreensível que, nove anos após a publicação da lei que prevê a retirada do amianto dos edifícios públicos, possam existir escolas públicas onde o mesmo ainda se encontre presente”, explica Ricardo Oliveira, presidente da Associação de Pais do Agrupamento D. Nuno Alvares Pereira (APDNAP).
“O amianto não está apenas presente no fibrocimento e comprovadamente pode provocar doenças graves e incuráveis. O nível de degradação desta escola é elevado. Os Pais deste Agrupamento de escolas exigem condições dignas para que os seus filhos possam aprender sem colocar em causa a sua saúde”, acrescenta o responsável da APDNAP.
“Esta escola é um bom exemplo de equipamentos escolares que deviam ser prioritários, porque os materiais com amianto estão num estado de degradação crítico, no entanto, continua sem se saber quando ou sequer se vai ser intervencionada e qual a extensão dessa intervenção”, avança André Julião, coordenador do Movimento Escolas Sem Amianto (MESA).
“É necessário que, de uma vez por todas, se crie um plano estratégico para a remoção de amianto das escolas e que se comece definitivamente a investir a sério na requalificação do parque escolar, para que não voltemos a ver situações como a desta escola, em que os professores têm de andar de martelo na mão, a pregar tábuas no teto para as placas não desabarem em cima das carteiras dos alunos”, avança André Julião.
“Em resposta à Lei 2/2011 deve estar pública a lista de edifícios, equipamentos e instalações públicas com materiais contendo amianto da qual farão parte necessariamente os edifícios escolares. A comunidade escolar não tem acesso a esta lista, nem à definição de prioridades na intervenção pela gravidade e estado de degradação dos espaços, nem sequer a um plano ou datas de intervenção nem ao orçamento disponibilizado para as mesmas. Nesse sentido é razoável perceber que pais, professores, auxiliares e alunos estejam alarmados com esta questão de saúde pública que não tem um plano que defina um fim ou uma intenção de solução para esta situação”, refere, por seu turno, Íria Roriz Madeira, arquiteta e membro da ZERO.
“As situações prioritárias devem ser intervencionadas dentro de todas as condicionantes legais sendo as escolas informadas das datas das mesmas. Nas situações em que a remoção do fibrocimento não seja prioritária deve o mesmo ser encapsulado preventiva e temporariamente no sentido de evitar a contínua degradação dos materiais e a respetiva potencial inalação das fibras de amianto, situação que coloca em risco a saúde dos utilizadores destes espaços”, aponta ainda a ativista.
“Há muito tempo que os professores têm manifestado o seu descontentamento com as instalações da escola, em reuniões e outros fóruns em que participam, porque as condições físicas da escola não dignificam o trabalho dos docentes e são um fator de desigualdade, prejudicando o seu trabalho e o processo de aprendizagem dos alunos”, explica, por seu turno, Patrícia Pereira, professora na EB 2,3 Mário de Sá Carneiro.
“O avançado estado de degradação dos edifícios e das salas de aula provocam desconforto e desmotivação e, para além disso, têm-se registado vários problemas de saúde entre professores, assistentes operacionais e outro pessoal não docente que poderão estar relacionados com as condições dos edifícios”, acrescenta a professora.
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