Início » ZERO desafia empresas, autarquias e outros setores da sociedade portuguesa a fixarem metas de ação climática
Cimeira Global de Ação Climática termina com centenas de compromissos para redução de emissões.
Acabou de terminar em São Francisco, Estados Unidos da América, a Cimeira Global de Ação Climática (Global Climate Action Summit– www.globalclimateactionsummit.org).
A ZERO e todos os outros representantes, reunidos na Cimeira Global de Ação Climática, e as comunidades de todo o mundo apelam por ações climáticas e comprometem-se a trabalhar por um futuro seguro para todos.
A crise climática exige uma ação urgente. Vemos os impactes humanos na saúde, doença, fome, nos meios de subsistência, conflitos e nas crises de refugiados. Vemos milhares de pessoas morrerem a cada ano devido ao agravamento de tempestades e inundações, ondas de calor, secas e incêndios florestais. Estes impactos afetam desproporcionalmente os pobres, desfavorecidos e vulneráveis.
Mais de 500 compromissos de governos, empresas e sociedade civil
Nesta Cimeira foram visíveis as centenas de ações que empresas, fundações e comunidades já estão a implementar baseadas numa economia de baixo carbono e com o foco numa sociedade mais justa. Agora é a hora também de todos os líderes se posicionarem e tomarem medidas corajosas. A mudança climática é uma ameaça para toda a humanidade e só pode ser resolvida por um esforço cooperativo global. Só juntos transformaremos as nossas comunidades e sistemas de energia, criaremos oportunidades de emprego e prosperidade económica, protegeremos os nossos oceanos e os sistemas naturais para concluir a transição para um mundo de carbono zero.
Sob o Acordo de Paris, o mundo concordou enfrentar a crise climática, mantendo o aumento da temperatura global bem abaixo de 2º Celsius, desenvolvendo esforços para limitar a 1,5º C. Para chegarmos a este futuro é necessário uma ação colaborativa e transformadora em todos os níveis e em todos os setores da sociedade. Reconhecendo este imperativo, mais de 500 compromissos foram assumidos na Cimeira Global de Ação Climática. A liderança global assumida inclui:
– Mais de 100 presidentes de câmara, líderes de Estados e de regiões, líderes empresariais assumiram o compromisso da neutralidade de carbono até 2050, o mais tardar, e de acordo com a meta de 1,5ºC do Acordo de Paris;
– 488 empresas estabelecerão metas baseadas na ciência para garantir que fazem parte da solução climática;
– Mais de 60 líderes empresariais, líderes de Estados e regionais e prefeitos comprometeram transformar a sua rede de transportes para 100% emissões-zero, até 2030, colocando-nos numa estrada irreversível para a descarbonização;
– 38 cidades, grandes empresas, governos de Estado e regionais comprometeram-se a construir prédios neutros em carbono, cortando emissões equivalentes a mais de 50 centrais termoelétricas a carvão;
– Mais de 100 grupos indígenas, governos de Estado e locais, e empresas lançaram uma coligação para a floresta, alimentação e terra para atingir 30% das soluções climáticas necessárias até 2030;
– Cerca de 400 investidores, que gerem 36 biliões de euros, trabalharão para garantir a transformação da economia global para baixo carbono, com a urgência necessária para enfrentar o desafio.
Todos os presentes na Conferência dedicam as suas ações, compromissos e determinação para dar aos líderes nacionais a confiança e a segurança necessárias para aumentar a sua ambição e acelerar a ação climática até 2020 para a segurança do nosso planeta, agora e para as próximas gerações. Apelam aos governos nacionais de todo o mundo para:
DAR O PASSO AGORA:Assumir o compromisso do aumento da ambição climática, inclusive sob a forma de políticas nacionais fortes e contribuições nacionais (NDCs) melhoradas e atualizadas até 2020, coerente com o que a ciência nos diz ser necessário para atingir as metas do Acordo de Paris;
TRABALHAR NUM CAMINHO TRANSPARENTE PARA O NOSSO FUTURO CARBONO-ZERO:Desenvolver planos para atingir emissões líquidas zero em meados do século, para orientar as futuras contribuições nacionais e a transformação económica e tecnológica de longo prazo, por forma a garantir empregos decentes e aumentar a resiliência da comunidade;
CAPACITAR AÇÃO CLIMA LOCAL:Apoiar e acelerar a ação climática ao nível local e regional, com legislação, regulamentação, financiamento e políticas que incentivem o desenvolvimento carbono-zero através de planeamento, diálogos e consultas inclusivas e transparentes que capacitem empresas, cidades e estados, investidores, sociedade civil e indivíduos.
ZERO vai desafiar empresas, autarquias e outros setores da sociedade portuguesa a fixarem metas de descarbonização
Atualmente, há um conjunto limitado de autarquias e de empresas em Portugal que assumiram compromissos de redução de emissões de gases com efeito de estufa para 2020 ou mais tarde. São porém metas que não têm tido a devida visibilidade pública, não estão sistematizadas e muitas vezes também, são pouco ambiciosas.
Na sequência da Cimeira Global agora realizada, é fundamental identificar e acompanhar as ações climáticas dos diferentes setores da sociedade portuguesa, No contexto do objetivo traçado por Portugal de ser neutro em carbono no ano de 2050, a ZERO considera que é crucial que empresas, autarquias e outros setores da sociedade estabeleçam metas ambiciosas de descarbonização de curto prazo e para as próximas décadas, efetuem planos de implementação e as anunciem publicamente, podendo a ZERO sistematizar o total do esforço nacional. A descarbonização da economia portuguesa está à vista. Há mudanças transformacionais que estão a ter lugar em todo o mundo e que também no nosso país como resultado da inovação, novas e criativas políticas e vontade política a todos os níveis. Portugal pode e deve ser um país líder no combate às alterações climáticas, com ações concertadas entre os cidadãos e os responsáveis autárquicos e empresariais.
Uma corrida para descarbonizar o mundo
O mundo inteiro tem de fazer mais. Com base nesta onda positiva de ação climática, há marcos críticos para aumentar a ambição até 2020, incluindo o diálogo entre países na próxima Conferência das Nações sobre Clima, a ter lugar na Polónia em Dezembro deste ano e a Cimeira Climática promovida pelo Secretário-Geral da ONU, a ter lugar em Setembro de 2019.
Trabalhando juntos, podemos fazer mais para transformar as nossas políticas, o nosso pensamento, os nossos valores e o nosso modo de vida. Cabe a todos nós reverter as forças da carbonização. Juntos, nos elevaremos e convergiremos em uma nova agenda segura para o clima para o mundo.
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