Início » ZERO quer sistemas de ar condicionado apenas com refrigerantes naturais e com etiqueta energética comum a todos os equipamentos
Etiqueta energética de unidades portáteis de ar condicionado engana consumidor – classe A de ar condicionado portátil é equivalente a classe F de sistemas fixos.
Com o aumento das temperaturas e humidade, a procura por aparelhos de refrigeração na União Europeia e em todo o mundo tem vindo a crescer rapidamente, prevendo-se que até 2050, dois terços das famílias do mundo estejam equipadas com ar condicionado (AC), com um número total estimado de 1,6 a 5,6 mil milhões de equipamentos em todo o mundo.
O número crescente de aparelhos de ar condicionado traz diversos impactos no ambiente que é fundamental evitar:
A regulação dos aparelhos de ar condicionado na União Europeia em 2011 e 2012, com a introdução dos regulamentos de rotulagem energética e de conceção ecológica, conduziram à poupança anual de 20 TWh e 8 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
No entanto, com a evolução tecnológica, as medidas atuais estão amplamente desatualizadas: alguns produtos já disponíveis no mercado superam a mais alta classe de etiquetas (A +++) em mais de 20%, o que significa que a escala do rótulo energético não reflete as últimas inovações. Mais ainda, a menos que novas medidas de economia de energia sejam implementadas, o consumo de eletricidade do ar condicionado doméstico na União Europeia aumentará de 40 TWh em 2020 para 62 TWh em 2030 – 1,25 vezes o consumo total de eletricidade de Portugal em 2019.
As versões revistas de ambos os regulamentos foram discutidas pelos Estados-Membros e outras partes interessadas em setembro de 2019. Se adotadas, poderão ajudar a economizar cerca de 4 TWh de eletricidade por ano até 2030. Consequentemente, os regulamentos existentes devem ser revistos o mais rapidamente possível.
O que se pretende que a União Europeia faça?
Para a ECOS – Organização Ambiental Europeia de Cidadãos para a Normalização e para a ZERO que é membro desta federação, a União Europeia deve deixar de proteger tecnologias ineficientes e concentrar-se na promoção de alternativas favoráveis ao clima. As três medidas fundamentais que se pretende sejam tomadas são:
As etiquetas dos dois tipos de ar-condicionado (unidades portáteis e splits) não são comparáveis. Esta situação induz os consumidores em erro, fazendo com que muitos consumidores comprem um aparelho portátil da classe A convencidos de que estão a adquirir um produto eficiente, quando na verdade corresponde a um ar condicionado fixo (split) da classe F: 50% menos eficiente!
Assim, o consumidor vai estar a escolher um equipamento com maior consumo de energia, e consequentemente com maiores emissões de dióxido de carbono associadas à sua utilização.
Um número crescente de aparelhos de ar condicionado no mercado traduz-se também no uso crescente de gases refrigerantes. Alguns desses gases, comumente usados em sistemas de ar condicionado, têm um potencial de aquecimento global quatro mil vezes maior que o CO2.
No entanto esta questão não foi incluída na proposta de revisão do regulamento de design ecológico, o que é de lamentar, principalmente quando o objetivo do regulamento é melhorar o desempenho ecológico dos equipamentos.
A cláusula de revisão do regulamento de 2012 especificava claramente que deveria ser avaliada uma abordagem para promover o uso de refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (baixo PAG). O combate aos gases fluorados no regulamento de conceção ecológica forneceria um sinal claro do mercado para apoiar e acelerar a aplicação do regulamento relativo aos gases fluorados.
Os refrigerantes com baixo PAG estão disponíveis, mas a sua aplicação será consideravelmente mais lenta sem incentivos. Deve ser introduzido um sistema de penalização para aparelhos que usem deliberadamente refrigerantes com PAG mais elevados (150 vezes mais potentes que o CO2 e acima) quando existirem alternativas ecológicas disponíveis.
Além disso, a etiqueta energética deve indicar se o produto contém um refrigerante natural (como o dióxido de carbono ou o propano) de forma a orientar os consumidores para alternativas mais ecológicas.
É necessário que haja uma lista de requisitos para facilitar a reparação e a manutenção de aparelhos de ar condicionado para que possam operar por um longo período de tempo.
As peças de reposição precisam de estar disponíveis durante a vida útil média do produto (12 anos após o fornecimento da última unidade do modelo em causa), e os botões, controlos remotos, filtros e caixa precisam ser adicionados à lista de peças de reposição.
Além disso, as peças de reposição devem estar facilmente disponíveis também para os utilizadores finais e não apenas para os chamados “reparadores profissionais”; as peças devem também ser substituíveis usando ferramentas comuns geralmente disponíveis.
Finalmente, os aparelhos de ar condicionado devem ser projetados de maneira a facilitar a desmontagem e manutenção; em particular, deve ser possível realizar a manutenção sem vazar os refrigerantes (com elevado potencial de aquecimento global) contidos nas bombas de calor.
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