Início » União Europeia afirma-se como líder climática mundial em gases refrigerantes
O acordo de hoje sobre o Regulamento relativo aos gases fluorados utilizados em inúmeras aplicações associadas à refrigeração, nomeadamente nos equipamentos de ar condicionado, marca uma das maiores vitórias climáticas deste mandato da União Europeia (UE). O calendário proposto de eliminação progressiva destes potentes gases com efeito de estufa assinala uma mudança de paradigma, conduzindo sectores-chave, como as bombas de calor/ar condicionado, a utilizarem refrigerantes amigos do clima.
A UE fez história com a revisão do regulamento relativo aos gases fluorados. O acordo interinstitucional hoje alcançado, entre Conselho, Parlamento Europeu e Comissão Europeia, abre caminho para que a Europa se torne o primeiro continente livre de hidrofluorcarbonetos (HFC) até 2050, estabelecendo uma norma ambiental e climática sem precedentes à escala global.
Quase 2,5% das emissões globais da UE, equivalentes a todo o setor da aviação da UE, serão poupadas até 2050 graças à eliminação completa dos gases fluorados. O cronograma de proibição proposto desempenhará um papel crucial na promoção da adoção de refrigerantes ecológicos em setores estratégicos e emergentes, como bombas de calor, ar condicionado e comutadores (componente fundamental para redes elétricas). Esta transição abrange também outros setores, como espumas, refrigeração doméstica, chillers e aerossóis médicos.
Francisco Ferreira, Presidente da ZERO afirma:
“A vitória de hoje é uma vitória tripla. Em primeiro lugar, é uma vitória para o clima, devido à contribuição significativa dos gases fluorados para as emissões de gases com efeito de estufa na UE. É também uma vitória para a nossa saúde e ambiente, uma vez que os gases fluorados são uma fonte importante de emissões perigosas de PFAS (substâncias perfluoroalquiladas) na Europa. Finalmente, esta é uma vitória para a indústria verde da Europa, que é o lar da produção de alternativas amigas do clima aos gases fluorados: refrigerantes naturais.”
A mais recente família de gases fluorados conhecida como HFO (hidrofluorolefinas) libertam PFAS, as chamadas substâncias químicas eternas, para a atmosfera. Graças à nova trajetória dos gases fluorados, os HFO serão proibidos na próxima década em todas as principais aplicações, tornando esta revisão um momento inovador para prevenir a poluição química que prejudica e permanece para sempre. Grandes quantidades de PFAS não serão libertadas para a atmosfera graças a esta legislação e não se acumularão em rios e lagos. Esta revisão prepara o terreno para a reforma do REACH, um regulamento crítico que não pode mais ser adiado.
Caberá agora à nova Comissão tornar esta revolução liderada pela UE numa revolução global, promovendo esta mesma ambição no contexto do Protocolo de Montreal*, o quadro internacional que trata dos refrigerantes e que já foi melhorado uma vez a primeira publicação do regulamento sobre gases fluorados através da alteração de Kigali*.
Apesar da ausência de uma proibição no sector crucial dos frigoríficos comerciais, como os presentes em supermercados, o que lamentamos, este acordo também traz notícias positivas para a indústria europeia. A Europa está na vanguarda das tecnologias amigas do clima e ambientalmente saudáveis nestes domínios e beneficiará de um impulso mais robusto no mercado interno. A indústria está ativamente à procura de oportunidades para fortalecer a sua posição de liderança global.
Notas:
Quando os gases fluorados surgiram no mercado, fizeram-no para substituir as suas substâncias antecessoras, que destroem a camada de ozono, e que foram proibidas pelo Protocolo de Montreal em 1985. Embora os gases fluorados possam proporcionar arrefecimento sem danificar a camada de ozono, contribuem fortemente para o aquecimento global.
Para continuar a proteger a camada de ozono sem agravar a crise climática, os líderes globais alteraram o Protocolo de Montreal em 2016 para incluir uma redução progressiva dos gases fluorados. Nomeado em homenagem à cidade onde foi assinado, a denominado Acordo de Kigali (Ruanda), assumiu uma redução de 80% dos gases fluorados ao longo de 30 anos.
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