Início » 5 dicas da ZERO para Natal mais sustentável, incluindo plantar árvores
O Natal e a passagem de ano são ocasiões excelentes para pôr em prática algumas mudanças no nosso estilo de vida que serão necessárias para que possamos reduzir a nossa pegada ecológica. Cada contributo conta e já não há tempo para deixarmos para amanhã o que podemos fazer hoje.
Para ajudar esta transição, a ZERO, tem em curso uma campanha até ao dia 6 de janeiro em que apela aos cidadãos para que troquem os habituais presentes de Natal que causam impacto no planeta por uma oferta que pode ajudar a melhorar a pegada ambiental de quem dá e de quem recebe. Assim, neste Natal a Dica 0 é plantar árvores e arbustos autóctones na Mata Nacional de Leiria – página acessível em: https://zero.ong/oferecer-arvores/. Mas há outras dicas para estimular a mudança rumo a um mundo menos consumista e mais humanista.
As decorações são um elemento central do espírito de Natal. Das árvores às luzes, das fitas às bolas e artigos afins, a azáfama é grande e as opções que nos surgem nem sempre sustentáveis. A questão que surge todos os anos é se a árvore deve ser artificial ou natural? Há prós e contras, mas no essencial, no caso de produtos artificiais, a palavra-chave é reutilizar. Se tem uma árvore artificial o melhor que pode fazer é usá-la muitos e muitos anos. Cuidar bem dela, de forma que se mantenha em boas condições e reutilizá-la décadas (sim, elas duram décadas). A mesma regra aplica-se a todos os outros produtos de decoração – bolas, fitas e demais adereços para a árvore e para a casa. Reutilizar, cuidar e reutilizar de novo!
Se ainda não tem uma árvore, há sempre a hipótese de adquirir uma árvore com raiz (desde que tenha depois uma forma de a devolver à natureza, seja no seu jardim ou no jardim de alguém). Também pode construir a sua própria árvore, bem como as suas decorações, preferencialmente reutilizando materiais que já tenha. A internet é um mundo de ideias! Aproveite-a e envolva a família e amigos na tarefa.
E, claro, as luzes deverão ser LED e só estarem ligadas quando, de facto, estamos a usufruir delas.
Planeie as refeições dos dias de festa – véspera de Natal, Natal, Passagem do Ano, Ano Novo e Reis – e faça uma lista dos ingredientes que precisa antes de ir às compras. Não se esqueça de articular a sua lista com a dos outros convidados. Assim evitará comprar mais do que aquilo que necessita, o que lhe permitirá não só poupar dinheiro como também evitar o desperdício alimentar.
Nas suas compras para as refeições de Natal e Ano Novo prefira produtos a granel ou pouco embalados. Lojas com venda a granel e mercados locais são excelentes opções, podendo dar um contributo social ao mesmo tempo que reduz o impacto ambiental. Mas claro, leve os seus sacos e recipientes. Só assim o granel terá um impacto menor. Opte também por comprar produtos locais e, no caso dos produtos alimentares, prefira os da estação do ano e de agricultura biológica.
O que coloca na mesa também deve ser tido em conta. Se puder, substitua alguns ingredientes de origem animal por alternativas vegetarianas e prefira as carnes brancas. Em relação ao pescado, compre bacalhau e polvo de grande dimensão e dê preferência ao bacalhau pescado de forma sustentável (certificado). Em alternativa, pode sempre manter as suas tradições gastronómicas do Natal, mas assumir o compromisso de reduzir o consumo de produtos de origem animal nos restantes dias. Os resultados para o ambiente serão melhores e pode manter intactas as suas tradições.
A certificação (sustentabilidade, comércio justo, agricultura biológica) também deve ser tida em conta em produtos como os chocolates, onde já existe uma ampla oferta e já não há desculpa para não optar pelas marcas que deram este passo. A sua marca favorita de chocolates ainda não está entre elas? Contacte-a e diga que para si esse é um critério de compra importante.
Nos seus jantares e almoços festivos utilize sempre produtos reutilizáveis (pratos, copos, talheres, etc.), combatendo a proliferação de descartáveis na nossa vida e no ambiente.
Cozinhou comida a mais? A palavra de ordem é “Não Desperdiçar”! O que sobrou pode ser reutilizado noutros pratos. A melhor forma de conservar as sobras sem que estas entrem em contacto com substâncias prejudiciais é utilizar recipientes feitos de vidro, de cerâmica ou de metal. Dentro do possível, evite recipientes em plástico, em particular se está a guardar comida com gordura ou se pretende aquecê-la.
Se tem mesmo de dar uma prenda e não sabe o que oferecer, um produto comestível (ex: uma lata de chá biológico, um vinho, chocolates artesanais) é uma boa garantia de sucesso.
Também pode oferecer algo feito por si. Umas bolachas, bolinhos ou bombons caseiros em frascos reutilizados são uma hipótese. Oferecer fotos memoráveis ou frases inspiradoras numa moldura feita por si reutilizando materiais que tenha em casa, também pode ser uma bela surpresa para quem recebe.
Comprar presentes em segunda-mão pode ser uma excelente opção em termos ambientais e económicos. Muitos bens em segunda-mão encontram-se em condições semelhantes aos produtos novos e são muitas vezes vendidos a menos de metade do preço. No entanto, tenha atenção aos materiais plásticos, especialmente no que toca a brinquedos e a utensílios de cozinha. Em alguns casos, podem conter substâncias que atualmente já estão proibidas.
Uma outra opção é oferecer o apoio a causas – adotar uma causa, apoiar uma instituição, fazer uma boa ação. Pode também oferecer experiências – passeios, ações de voluntariado, uma ida ao teatro, etc. – em alternativa aos bens materiais. E claro, pode sempre oferecer arbustos e árvores para plantar (ver dica 0).
E claro, os livros são sempre uma prenda interessante. Já agora procure os que já são feitos em papel certificado.
Ainda em busca de presentes? Vá às compras na sua casa. Certamente tem presentes que lhe foram oferecidos e que nunca utilizou ou irá utilizar. Algo que tenha comprado, mas não tenha usado, também serve. Porque não oferecê-los a alguém que poderá vir a dar-lhe um destino útil? Dá um novo uso a um recurso e evita a “loucura” das compras de última hora.
Para as crianças, brinquedos didáticos feitos em materiais renováveis e sustentáveis que estimulem a criatividade, a curiosidade, o contacto com a natureza, as experiências.
Infelizmente nos dias seguintes ao Natal ainda é visível que a redução e a separação seletiva não fazem parte das práticas de muitos portugueses. Se a aposta na prevenção não foi muito eficaz, é absolutamente fundamental que separe os materiais de embrulho e outros e os procure reutilizar. O que não for possível reutilizar, dever ser encaminhado para os ecopontos para ser reciclado. Se estes estiverem cheios, aguarde um ou dois dias, mas não coloque materiais/recursos que são valiosos no lixo indiferenciado.
Se tiver essa possibilidade, separe os resíduos orgânicos e encaminhe-os para compostagem, devolvendo recursos preciosos ao solo, de forma a garantir a sua fertilidade.
Ano novo, vida nova! E porque não assumir alguns compromissos que possam conduzir à redução da sua pegada ecológica?
O mais eficaz é reduzir o consumo de proteína animal. Pode ser apenas uma refeição por semana (para facilitar o processo de transição, pode sempre dar a entender a familiares e amigos o seu interesse num curso ou livro sobre cozinha vegetariana).
Reduzir as viagens de avião e privilegiar os transportes coletivos nas viagens quotidianas é outro passo muito importante.
Se precisa de alguma coisa, procure perceber se não pode reutilizar algo que já tenha, pedir emprestado, alugar (em particular coisas que precisemos por períodos curtos). Se tiver mesmo de comprar, averigue se consegue comprar em segunda mão. Compre produtos novos apenas quando for estritamente necessário e procure que sejam de qualidade, duráveis, reparáveis e recicláveis.
Umas Festas Muito Felizes e um Novo Ano de consumo responsável e sustentável!
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