Início » ZERO quer implementação do direito à reparação com cupões-reparação, plataforma digital e formação
Em 2024 foi aprovada a Diretiva do Direito à Reparação. Portugal tem até 31 de julho de 2026 para proceder à sua transposição para a legislação nacional. Na data em que se celebra o Dia Internacional da Reparação a ZERO alerta para a necessidade de se respeitar o prazo e se começar, desde já a preparar o caminho para a plena implementação desta legislação.
Um país como Portugal, que importa uma grande parte das matérias-primas e dos produtos que utiliza, promover o direito à reparação, prolongando a vida útil dos produtos, faz todo o sentido. Neste contexto, a ZERO assinala este dia sublinhando os aspetos positivos que decorrem desta nova Diretiva, mas também as limitações e desafios, deixando ainda algumas recomendações ao Governo para a transposição.
É importante relembrar que os dados mais recentes publicados pela Agência Europeia do Ambiente apontam para uma baixíssima circularidade da Economia Portuguesa em 2023, onde apenas 2,8% dos recursos que entram voltam a ser reintegrados na economia, muito abaixo do também não muito animador resultado da média da União Europeia (UE), que não ultrapassa os 12% no mesmo ano. Considerando que a UE estabeleceu como meta duplicar a taxa de circularidade até 2030, o que significa passar para 23 a 24%, este resultado torna ainda mais importante o trabalho na prevenção da produção de resíduos.
Esta Diretiva do direito à reparação vem concretizar algumas das reivindicações que as organizações da sociedade civil e muitas empresas que operam na área da reparação, têm vindo a apresentar há vários anos. A ZERO destaca:
Contudo, nem tudo correu bem e a legislação aprovada contém lacunas importantes que irão reduzir o impacto positivo que poderia ter no fomento de um acultura de reparabilidade e na efetiva redução da quantidade de resíduos de equipamento elétrico e eletrónico produzido anualmente. Entre as principais fragilidades a ZERO destaca:
Esta Diretiva é uma oportunidade pata criar uma cultura pró-reparação e cada Estado-Membro deve agora escolher o conjunto de medidas que deseja implementar no seu território de forma garantir e promover o direito à reparação. A sua transposição deverá ocorrer até julho de 2026. A ZERO recomenda que o Governo Português:
Após a transposição para o Direito Nacional temos ainda o desafio da sua implementação no terreno, com a necessidade de monitorizar as diferentes práticas e implementar os incentivos certos para começar a construir uma cultura de promoção da reparação. Há ainda que continuar o trabalho ao nível europeu de alargamento das categorias de produtos abrangidas pelo Regulamento Ecodesign.
A Diretiva é um passo importante, mas há ainda um longo caminho a percorrer a bem da circularidade e resiliência da economia.
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