Início » COP30 Clima: ZERO e Oikos defendem ação climática urgente e adaptação como prioridades
A 30.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), que decorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém, Brasil, será a primeira reunião desta natureza num país lusófono. A Conferência começa já de forma antecipada estas quinta e sexta-feira, 6 e 7 de novembro, com a Cimeira de Líderes, tendo como anfitrião o Presidente do Brasil, Lula da Silva, e a presença de 57 Chefes de Estado e de Governo, entre eles, o Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro. As alterações climáticas são o maior problema de longo prazo que toda a humanidade enfrenta, afetando atualmente sobretudo os países em desenvolvimento. A Convenção, adotada em 1992 e o Acordo de Paris de 2015 – o instrumento mais importante em vigor – procuram assegurar que cada país ou grupo de países (as Partes), fazem um esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e para se adaptarem a um clima em mudança de forma equitativa e proporcional à sua capacidade, nível de desenvolvimento e responsabilidade histórica. O apoio dos países desenvolvidos e/ou mais ricos aos países em desenvolvimento é vital.
A nossa janela de oportunidade para travar a crise climática está a fechar e já sentimos os seus efeitos devastadores. Inundações, incêndios, secas e ondas de calor extremas alertam que o planeta atingiu os seus limites. Estas consequências mostram que não estamos a fazer o suficiente e que uma ação global coordenada e onde cada esforço conta é cada vez mais urgente.
A COP30, conhecida como a “COP da Implementação”, apela à transformação dos compromissos climáticos em ações concretas. Entre os principais temas que marcarão a cimeira destacam-se:
A COP30 será decisiva para traduzir metas globais em impacto real, consolidando o papel das NDC, do financiamento climático e da cooperação internacional, enquanto promove justiça social, proteção da biodiversidade e uma transição energética justa.
A COP30 deve:
Portugal com a sua relação preferencial e de longa data com o Brasil tem condições para facilitar a interação entre a União Europeia e a Presidência da Conferência, desejando-se que a Ministra do Ambiente e Energia se envolva ativamente em dossiês de negociação. A experiência portuguesa na aceleração das energias renováveis e no processo de conversão da dívida em investimento climático nos países devedores, já concretizado com Cabo Verde e em curso com São Tomé e Príncipe, constitui uma mais-valia. Por fim, a ZERO e a Oikos têm insistido que a credibilidade externa depende de coerência e transparência interna: é crucial que a delegação portuguesa anuncie em Belém medidas domésticas que assegurem que o país não irá falhar metas traçadas em áreas tão relevantes como as emissões no setor dos transportes que não estão a sofrer a redução necessária.
As duas organizações irão acompanhar de perto a COP30. A ZERO estará presente em Belém a partir de 14 de novembro, tendo acompanhado o início da conferência de forma remota. A participação da ZERO na COP30 será assegurada por Francisco Ferreira e Islene Façanha. A Oikos estará presente a partir do dia 17 de novembro, e a sua participação estará assegurada por José Luís Monteiro.
Para além da participação na COP30, a ZERO irá também acompanhar a Cúpula dos Povos, a maior mobilização popular pelo clima, que decorrerá de 12 a 16 de novembro na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, no Brasil. Este encontro constitui um contraponto à COP30, construído a partir dos territórios e protagonizado por povos indígenas, comunidades tradicionais, agricultores familiares, juventudes, pescadores e trabalhadores urbanos, todos unidos em defesa da justiça climática.
A ZERO participará igualmente na manifestação do dia 15 de novembro (08h30–11h00), inserida no Dia de Ação Global, uma marcha que unifica a Cúpula dos Povos e a COP30, simbolizando a convergência entre os movimentos sociais e as negociações oficiais em torno da crise climática.
A ZERO organizará um evento no Pavilhão de Portugal, no dia 19 de novembro, às 17h00, para o lançamento do Hub de Governação Climática com organizações dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que poderá ser acompanhado através do canal de YouTube que será indicado em breve.
Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, reforça que “É tempo de agir: a COP30 deve ser a COP da implementação, com ação real, financiamento desbloqueado e medidas de adaptação, para manter o aquecimento no limiar de 1,5 °C, proteger as populações mais vulneráveis e garantir uma transição que não deixe ninguém para trás.”
Já José Luís Monteiro, Project Officer da Oikos sublinha que “Ambição e transparência terão de ser as palavras-chave desta COP. Não há mais tempo para financiamentos criativos, jogos de palavras e pequenos compromissos vagos que só serão implementados depois das alterações climáticas destruírem a vida das comunidades mais desfavorecidas.”
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