Início » Records de emissões do desastre climático de 2017 não se podem repetir
Seca, incêndios e uso de carvão – ZERO analisou dados finais recentemente disponibilizados.
No caminho para a neutralidade carbónica em 2050, ano em que se pretende que as emissões de gases de efeito de estufa de Portugal sejam idênticas ao carbono retirado pela floresta no nosso país, é fundamental um olhar detalhado pelos números recentemente publicados e transmitidos pela Agência Portuguesa do Ambiente à Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas relativos ao ano de 2017*.
Em 2017, as consequências das próprias alterações climáticas, em particular a ocorrência de uma seca intensa, contribuíram para a ocorrência de dois mega-incêndios e ao recurso à produção de eletricidade a partir de centrais térmicas, nomeadamente Sines e Pego onde de recorre à queima de carvão, com valores muito elevados de emissões de dióxido de carbono por unidade de energia elétrica produzida.
No que respeita aos incêndios, resultaram em 539 921 hectares de área ardida de espaços florestais, 329 514 ha correspondentes a povoamentos florestais, tendo-se assim o maior valor de sempre desde que há registos (desde 1980) (PORDATA). Os anteriores valores mais elevados haviam-se registado em 2003 e 2005 com 471 740 ha e 346 718 ha de área ardida, respetivamente. Contabilizando o carbono que estava armazenado pela floresta e solo em toda a área que ardeu em 2017 e que foi libertado para a atmosfera, a floresta neste ano não cumpriu a sua função de sumidouro, tendo pelo contrário sido um emissor substancial. Entre 2006 e 2016 a média anual de retenção de dióxido de carbono pelo solo e florestas em Portugal foi de 10 milhões de toneladas. Em 2017 passou-se de um valor negativo (sumidouro) para um valor positivo de 7,2 milhões de toneladas.
Os infelizes recordes de 2017
As duas prioridades para o futuro
Para além de todos os esforços políticos que Portugal deve fazer à escala internacional para redução global e célere das emissões e de implementação rigorosa e coerente do roteiro para a neutralidade carbónica em 2050, para garantir que uma situação como a de 2017 não se repete, Portugal deve:
* Inventários de emissões enviados pela Agência Portuguesa do Ambiente presentes em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=150
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