Início » COCA-COLA, NESTLÉ e PEPSICO identificadas como as principais responsáveis pela poluição por plásticos, pelo segundo ano consecutivo
Portugal foi um dos países que contribuiu para a Brand Audit Internacional.
A Coca-Cola, a Nestlé e a PepsiCo foram identificadas nas auditorias sobre poluição por plásticos como as marcas mais frequentemente encontradas a nível global, tal como é possível verificar no relatório: “BRANDED Volume II: Identifying the World’s Top Corporate Plastic Polluters.”
As 484 limpezas realizadas em mais de 50 países e 6 continentes, em setembro de 2019, pelo movimento Break Free From Plastic, do qual a ZERO e a Sciaena fazem parte, identificaram as principais empresas poluidoras. As outras empresas que completam o conjunto das 10 principais poluidoras são: Mondelēz International, Unilever, Mars, P&G, Colgate-Palmolive, Phillip Morris e Perfetti Van Melle.
Em Portugal, foram recolhidas quantidades significativas de embalagens de plástico, ainda que a maioria não permitisse já a identificação das marcas. Entre as marcas encontradas foi possível identificar: Coca-Cola, Mimosa, Continente, Danone, Milbona, Matinal, Nova Açores, Compal, Gresso, Vitalis, Luso, Penacova, Pingo Doce, Serrana, Lidl, Sumol, McDonalds, Super Bock, Heineken.
Tal como refere Von Hernandez, o coordenador global do movimento Break Free from Plastic: “Este relatório demonstra de que as empresas precisam, urgentemente, de fazer mais para lidar com a crise de poluição causada pelos plásticos que elas próprias criaram. A sua aposta constante em embalagens e soluções de plástico de uso único tem-se traduzido no despejo de mais e mais plástico no ambiente. A reciclagem não é a solução para este problema. As quase 1800 organizações que constituem o movimento Break Free from Plastic apelam a que as empresas reduzam urgentemente a produção de plástico de uso único e encontrem soluções inovadoras, assentes em sistemas de entrega alternativos que não criem poluição”.
As três principais poluidoras deste ano – Coca-Cola, Nestlé e PepsiCo – têm oferecido, essencialmente, falsas soluções para a crise dos plásticos, reforçando a necessidade de se ouvirem as vozes que exigem responsabilidade às marcas para que ponham fim aos plásticos de uso único. A lista das maiores poluidoras é, mais uma vez, preenchida por marcas muito comuns e conhecidas.
Nas palavras da ativista da Greenpeace Abigail Aguilar: “Infelizmente, os compromissos recentemente adotados por empresas como a Coca-Cola, a Nestlé e a PepsiCo para enfrentar a crise continuam a depender de soluções falsas, como substituir o plástico por papel ou bioplástico e apoiando-se num sistema global de reciclagem, que já provou não ser solução. Estas estratégias servem para proteger o modelo de negócios assente no descartável, que nos conduziu à atual crise da poluição por plásticos e em nada contribuirão para evitar que estas marcas continuem a ser identificadas como grandes poluidores no futuro.”
A ZERO e a Sciaena defendem que a aposta deve ser na prevenção, com um enfoque muito forte na redução (número de embalagens, tipos de materiais usados, redesign) e na reutilização (recargas, reenchimento, reutilização de embalagens).
Nas palavras de Susana Fonseca, membro da Direção da ZERO: “É tempo de, de uma vez por todas, as grandes marcas tomarem consciência do uso desregrado que estão a fazer dos recursos naturais e do seu contributo para o aumento da produção de resíduos pelas famílias e empresas, muitos deles sem possibilidade de serem reciclados. É tempo de deixarmos de atribuir as culpas aos cidadãos e compreender que o problema está no modelo do descartável.”
Já Renata Fleck, Policy Officer para a área do Lixo Marinho da Sciaena refere: “Os oceanos têm sido as principais vítimas da poluição por plásticos e a única forma de travar este problema é intervindo na sua fonte, nomeadamente, exigindo maior responsabilidade por parte das marcas que diariamente fomentam a procura de embalagens e soluções de uso único.”
Em breve serão enviadas cartas às empresas responsáveis pelas marcas encontradas em Portugal, no sentido de apelar a que assumam uma postura diferente e passem a ser parte da solução.
NOTAS
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |