Acordo de Paris
Em 10 segundos
O acordo de Paris é um tratado internacional para controlo das alterações climáticas, adotado em 2015 no contexto da 21.ª Conferência das Partes das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP21) e que entrou em vigor a 4 de novembro de 2016. O seu propósito é descarbonizar as economias à escala mundial por forma a manter o aumento da temperatura média global abaixo dos 2ºC (versus nível pré-industrial) , não deixando de prosseguir esforços para que esse aumento não ultrapasse 1,5ºC – nível considerado crítico para controlar os impactos das alterações climáticas.
A União Europeia e 193 estados, totalizando mais de 98% das emissões antrópicas, ratificaram este acordo e nesse sentido é um marco histórico. No entanto, cada país determina a sua contribuição para alcançar os objetivos globais: as metas nacionais não são vinculativas, embora exista compromisso em comunicar os progressos com transparência e rever as metas, com ambição crescente, a cada 5 anos.
Zoom ZERO
A crise climática é, na perspetiva da ZERO, um dos maiores desafios do nosso tempo e está no cerne da sua atuação quer à escala nacional quer internacional, nomeadamente:
- acompanhando as sucessivas COP e concertando-se com outras organizações não governamentais europeias e internacionais para, no contexto da União Europeia e das Nações Unidas, influenciar o nível de ambição das políticas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, de eficiência energética e transição para as fontes de energia renováveis.
- promovendo uma descarbonização da economia portuguesa, apostando nos recursos endógenos e renováveis, procurando que Portugal tenha em 2030 e 2050, 100% de energia elétrica e 100% de energia no seu total, respetivamente, asseguradas por fontes renováveis.
- procurando assegurar que, em 2050, haverá em Portugal um balanço neutro entre emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa e sumidouros de carbono.
- promovendo uma fiscalidade verde que penalize mais as emissões de carbono.
- promovendo uma mobilidade mais sustentável ao apostar na valência elétrica e nos modos suaves como o uso de bicicleta, preparando as cidades e as pessoas para este desafio.
O que posso eu fazer?
Apesar de este acordo continuar a ser um marco histórico na luta contra as alterações climáticas, as ações que têm vindo a ser implementadas continuam a estar muito aquém do necessário. A janela de oportunidade para atingir 1,5º de aumento de temperatura, está a fechar-se rapidamente: as projeções atuais apontam para um aumento superior a 2º e nesse sentido é urgente uma mobilização de todos.
É necessário exigir dos decisores políticos um maior compromisso e mais ambição na resolução desta crise. Podemos fazê-lo de vários modos:
– na forma como votamos;
– participando em manifestações pelo clima;
– assinando petições
– sendo ativos no passa-palavra, nomeadamente através das redes sociais.
Por outro lado, cada um de nós pode, e deve, contribuir para esse objetivo através de práticas de consumo que levem em linha de conta a necessidade de reduzir as emissões, nos variados contextos do nosso dia a dia, como sejam:
- nas deslocações: reduzir viagens de avião, sempre que possível; usar transportes públicos ou transportes partilhados; dar preferência a soluções de proximidade; usar bicicleta e andar a pé sempre que possível.
- no tipo de alimentação: reduzir o consumo de carne e de alimentos importados de lugares distantes.
- reduzir o consumo em geral e a produção de resíduos, abandonando progressivamente produtos descartáveis ou muito embalados.
- Aumentar a eficiência energética em casa, melhorando o isolamento e eficiência dos equipamentos.
- Participando ativamente na transição para as energias renováveis: se tiver condições para tal pense em investir num sistema de energia solar para autoconsumo, individual ou coletivo.