Atraso na recolha seletiva de têxteis
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Em que consiste a Recolha Seletiva de Têxteis?
A recolha seletiva de têxteis é um sistema que visa separar os resíduos têxteis (como roupas, tecidos e outros materiais) de outros tipos de resíduos. O objetivo é garantir que esses materiais sejam reutilizados ou reciclados de forma adequada, reduzindo o desperdício e os impactos ambientais. Na União Europeia, a obrigatoriedade deste sistema está prevista na Diretiva (UE) 2018/851, que estabelece que todos os Estados-Membros devem implementar sistemas para recolha separada de têxteis até 1 de janeiro de 2025.
O que está em causa neste atraso?
Embora o prazo de 2025 ainda só tenha sido ultrapassado em alguns dias, há um problema significativo que fica a claro: a implementação da recolha seletiva de têxteis depende dos municípios, mas não foi criada uma entidade gestora que assegure a responsabilidade alargada do produtor. Isso significa que os produtores (quem coloca os têxteis no mercado) não estão a financiar o sistema de recolha e tratamento, como seria necessário.
Sem esse mecanismo, os municípios, que já enfrentam desafios complexos na gestão de resíduos, como a recolha de biorresíduos, terão de arcar sozinhos com a responsabilidade de criar e gerir sistemas de recolha de têxteis. Isso não só sobrecarrega os recursos municipais, mas também transfere indevidamente os custos para os cidadãos, contrariando o princípio de que quem polui deve pagar. Este atraso na criação de uma estrutura eficiente pode comprometer a eficácia e a equidade do sistema de recolha seletiva de têxteis.