Gestão Florestal Sustentável
Em 10 segundos
A floresta é um conjunto de árvores e de outras formações vegetais de diferentes espécies que forma um ecossistema e ocupa uma grande extensão de terreno.
As florestas portuguesas primitivas, que seriam maioritariamente constituídas por carvalhais dominados por espécies do género Quercus, ocupam hoje pouco mais de mil hectares, ou seja, menos de 1% dos territórios florestais.
Pese embora cerca de 36% do território nacional esteja ocupado por áreas com características florestais, a gestão destes espaços tornou-se um enorme desafio para a sociedade portuguesa.
A floresta é o principal uso do solo nacional (36%) que inclui terrenos arborizados e temporariamente desarborizados (superfícies cortadas, ardidas e em regeneração). No entanto são considerados espaços florestais, áreas de floresta, matos e terrenos improdutivos) ocupando no seu conjunto 6,2 milhões de hectares (69,4%) do território nacional continental.
Zoom ZERO
No seu conjunto a floresta tem um conjunto de problemas associados: (1) ausência de gestão em áreas de pequena propriedade, (2) o desordenamento florestal aliado a uma lógica que priorizou a produção de matérias-primas em detrimento do fornecimento de serviços de ecossistemas, como os de regulação e de suporte (por exemplo: fornecimento de água, sequestro e armazenamento de carbono), (3) instalação de monoculturas de eucalipto que, após abandono, criaram um passivo ambiental, (4) o corte de árvores para alimentar a indústria dos pellets e as centrais de biomassa, sem esquecer os (5) fogos rurais.
A ZERO tem acompanhado as políticas públicas da gestão das florestas ao longo dos últimos anos, em particular as associadas à gestão integrada dos fogos rurais e as ligadas à criação de condições para fomentar a gestão colaborativa do minifúndio, apoiar a instalação de espécies autóctones e remunerar os proprietários pelo fornecimento de serviços de ecossistemas.
O que posso fazer?
– Plantar e cuidar de árvores ou arbustos autóctones ou apoiar associações que o façam e, quem sabe, colaborar ativamente com uma delas.
– Denunciar corte de árvores às autoridades.
– Evitar ao máximo o uso de papel e cartão descartável, nomeadamente, sacos de papel, guardanapos, papel higiénico. Levar os seus sacos sempre que possível e recusar tudo que seja desnecessário: folhetos publicitários, talões no multibanco, faturas em papel (em alguns já existe a opção do envio para o e-mail).
– Procurar estar informado sobre a proveniência da lenha que compra e não apoiar o mercado de cortes e podas ilegais.
– Estar atento à gestão da floresta ao redor do local onde vive.
– Se não existir nenhuma associação local ou projeto de reflorestação perto de si e queira organizar algo, contacte a sua Câmara Municipal e/ou Junta de Freguesia para darem o devido apoio.