Regadio (agricultura de)
Em 10 segundos
O regadio é um regime que genericamente descreve as áreas agrícolas em que é utilizada a prática da irrigação, ou seja, o fornecimento controlado de água com a finalidade de favorecer o crescimento de plantas. A prática de irrigação é auxiliada por diversos meios técnicos, com maior ou menor artificialização do meio natural para a obtenção e distribuição da água, o que pode implicar grandes transformações através de barragens e distribuição através de estações elevatórias e condutas. A aplicação propriamente dita também varia, indo da rega por sulcos ao gota-a-gota. A agricultura de regadio é praticada em muitos contextos, sobretudo onde as características climáticas favorecem a confluência entre o período seco e quente e onde as chuvas são escassas ou irregulares.
Zoom ZERO
A ZERO alerta para que agricultura de regadio seja realizada de forma sustentável, com a utilização eficiente dos recursos hídricos e respeitando a proteção ambiental e a biodiversidade. Podem ocorrer impactos negativos quando a agricultura de regadio é feita de forma desordenada e irresponsável, como a exploração laboral, a poluição dos solos e das águas, a perda de biodiversidade, a erosão do solo e a sobre-exploração dos recursos hídricos.
A ZERO defende uma agricultura com futuro através da aplicação de critérios agroecológicos, ou seja, considerar a atividade agrícola e agroalimentar de uma perspectiva holística. Aqui podem-se tomar como referência os 10 elementos da Agroecologia, da Visão Comum para uma Alimentação e Agricultura Sustentáveis (FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura): Diversidade, Co-criação e partilha de Conhecimento, Sinergias, Eficiência, Reciclagem, Resiliência, Valores Sociais e Humanos, Cultura e Tradições Alimentares, Governança Responsável e Economia Circular e Solidária
A ZERO apoia a implementação de políticas públicas que fomentem uma transição ecológica justa dos sistemas alimentares.
O que posso fazer?
- Escolher produtos agrícolas sazonais e locais, procurando conhecer mais sobre o produtor e as suas práticas
- Fazer parte de grupos de consumo e de organizações que juntam produtores e consumidores
- Envolver-se em movimentos sociais e organizações que promovem a pequena agricultura, a ruralidade social e culturalmente sustentável e a governança participada e responsável dos recursos naturais, como a participação em campanhas, petições e protestos.
- Exercer a sua cidadania ao pressionar os governos locais e nacionais para que adotem políticas públicas que incentivem a transição agroecológica.