Início » Conferência, perto do final, reafirma Paris, mas é necessário maior ambição e rapidez na ação
Prestes a terminar a 22ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP 22) em Marraquexe, a ZERO efetua um balanço das negociações à escala mundial, europeia e de Portugal.
Acordo de Paris sai reforçado apesar de eventuais recuos
A ZERO considera que foi unânime o entendimento de que a ameaça das alterações climáticas e as consequências que já se fazem sentir têm, na aplicação do Acordo de Paris, grande parte da solução negocial à escala internacional. Todos os países, incluindo os Estados Unidos da América (ainda sob a administração do Presidente Obama), reiteraram que o caminho de uma forte redução de emissões de gases com efeito de estufa é absolutamente crucial e deve ser tão imediato quanto possível para assegurar o objetivo de não ultrapassar desejavelmente um aumento de temperatura superior a 1,5 graus Celsius em relação à era pré-industrial.
Após algumas dificuldades em atingir consensos nalgumas matérias, nomeadamente na forma e nos detalhes do caminho para a definição das regras do Acordo de Paris, a ZERO considera que:
Europa deve rever os seus objetivos climáticos
A União Europeia continua a afirmar-se como líder mas deve atuar em conformidade. A meta de atingir uma redução de pelo menos 40% das suas emissões de gases com efeito de estufa em relação a 1990 deve ser consistente com metas mais ambiciosas e vinculativas na área das renováveis, eficiência energética e nas interligações elétricas entre países, com medidas efetivamente a serem aplicadas. Neste contexto, a União Europeia deve aumentar a sua ambição na próxima oportunidade no quadro do Acordo de Paris e que será em 2018. Na opinião da ZERO, a ligeira abertura de revisão das metas dada pelo Comissário Europeu Miguel Cañete face à meta mais exigente de Paris de não ultrapassar 1,5 graus Celsius de aumento de temperatura deve ser concretizada.
A ZERO considera que, se efetivamente a União Europeia quer dar um sinal significativo da sua liderança climática, deve deixar de remediar o comércio europeu de licenças de emissão, cancelando uma quantidade substancial de carbono, permitindo assim um aumento do preço que atualmente, na ordem dos 6 euros por tonelada, pouco influencia o uso significativo de combustíveis fósseis em vários países europeus, em particular de carvão, dando assim maior competitividade às energias renováveis.
ZERO quer consequências para o fantástico anúncio de Portugal
O anúncio efetuado pelo Primeiro-ministro na COP 22 de que Portugal será neutro em termos de emissões de gases de efeito de estufa até 2050 foi de extrema relevância à escala nacional mas também internacional e deve agora ser consequente.
Portugal deve planear ao longo de 2017, com a intervenção dos vários setores da sociedade, como atingir a referida meta, devendo nomeadamente rever os objetivos para 2030. Para aqui chegar será precisa uma aposta para atingir 100% de energias renováveis, na eficiência energética, nos transportes públicos, na mobilidade elétrica, complementando com uma estratégia de floresta sustentável. Neste contexto a ZERO irá também apelar a um pacto parlamentar de longo prazo sobre política climática até 2050.
Uma visão de futuro para o clima
As associações de ambiente, entre elas a ZERO, inspiradas por dezenas de países que fazem parte do Fórum para a Vulnerabilidade Climática, consideram que é necessária uma visão de futuro que:
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