Os biorresíduos têm sido um tema para inúmeros debates nos últimos meses, depois da entrada em vigor a 1 de janeiro da recolha seletiva deste fluxo. Passados 4 meses, as dúvidas não parecem dissipar-se enquanto ainda são poucos os municípios que contam com uma extensa rede de recolha seletiva dos restos alimentares. Quanto ao tratamento da origem como método complementar à recolha, a Agência Portuguesa do Ambiente estabeleceu metas muito ambiciosas para a maioria dos municípios, refletidas nos respetivos Planos de Ação municipais para o cumprimento do PERSU 2030.
A implementação da recolha seletiva parece ter arrancado com muita lentidão, mas começa a tornar-se habitual ver contentores castanhos nas nossas cidades. Quanto aos compostores, ainda são poucas as ilhas de compostagem comunitárias que no futuro deverão garantir o tratamento de uma parte importante dos nossos restos alimentares, combinados com resíduos verdes (jardins e podas).
Neste contexto é fundamental mostrar quais são as condições necessárias para a compostagem descentralizada, seja comunitária ou doméstica, funcionar corretamente, aumentando a satisfação dos utilizadores finais e garantindo o cumprimento dos procedimentos técnicos para a degradação da matéria orgânica.
No âmbito da Semana Internacional da Compostagem (5 a 11 de maio), a ZERO vai desenvolver este tema num webinar, no próximo dia 6 de maio, das 15:00 até às 16:30 horas, via zoom, contando com a participação do especialista em compostagem Eng. Pedro Carteiro, e do Eng. Bruno Costa para apresentar o balanço dos primeiros 6 meses de recolha porta-a-porta combinada com compostagem descentralizada em Fornos de Algodres. No fim haverá um espaço para o diálogo.