Início » Má qualidade do ar em Lisboa – avisar é essencial, mas tomar medidas de emergência é imprescindível
Avenida da Liberdade ultrapassou ontem o máximo de excedências permitidas anualmente ao valor-limite horário de dióxido de azoto
Nos últimos dias, as condições meteorológicas adversas para a dispersão de poluentes atmosféricos caracterizadas por vento fraco e fraca mistura que tem afetado diferentes partes do país, em particular cidades com elevado tráfego automóvel com destaque para Lisboa, têm levado a níveis muito elevados de partículas inaláveis e principalmente de dióxido de azoto. Os dados consultados (ainda sujeito a validação) referentes à estação de monitorização da Avenida da Liberdade em Lisboa mostram que ontem se ultrapassou o número máximo de 18 excedências ao valor-limite horário de 200 mg/m3 que podem ocorrer por ano, verificando-se até à data um valor total de 20 ultrapassagens. Sete das ultrapassagens ocorreram ontem, dia 11 de outubro, quarta-feira e cinco no dia anterior, dia 10 de outubro, terça-feira, ou seja, dois terços do número máximo de ultrapassagens permitidas para todo o ano ocorreram nos dois últimos dias.
Além disso, contabilizando o valor médio das concentrações de dióxido de azoto registadas até agora, regista-se cerca de 57 mg/m3, um valor muito superior ao valor-limite anual a verificar no final do ano de 40 mg/m3.
ZERO quer planos de contingência
A ZERO considera que a Direção-Geral de Saúde tem o dever de alertar as populações afetadas para os cuidados a ter nestes episódios de má qualidade do ar, mas é na prevenção e na antecipação de medidas de curto e longo prazo da poluição que deve ser feito o investimento.
A ZERO considera que Lisboa e Porto, à semelhança do que acontece com outras grandes cidades europeias como Madrid, Paris ou Bruxelas, que têm por vezes episódios de poluição com circunstâncias meteorológicas semelhantes às verificadas nos últimos dias em Portugal, devem igualmente ter um plano de contingência/emergência, a ser ativado com a brevidade possível face à previsão ou ocorrência de elevadas concentrações de poluentes que ponham em causa a saúde pública da população.
Tal plano poderá contemplar nomeadamente, a proibição de circulação e de estacionamento de automóveis em determinadas zonas, a disponibilização gratuita de transporte públicos, bem como a redução obrigatória de velocidade em zonas alargadas.
Efeitos do dióxido de azoto
O dióxido de azoto (NO2) em concentrações elevadas causa efeitos que vão desde a irritação dos olhos e garganta, até à afetação das vias respiratórias, provocando diminuição da capacidade respiratória, dores no peito, edema pulmonar e danos no sistema nervoso central e nos tecidos. Alguns destes efeitos são retardados, não aparecendo durante ou logo após a exposição. Os grupos mais sensíveis como as crianças, os asmáticos e os indivíduos com bronquites crónicas são os mais afetados. Este poluente pode ainda aumentar a reatividade a alergénios de origem natural.
Na presença de compostos orgânicos voláteis (COV) e de radiação solar, os óxidos de azoto intervêm no processo de formação do ozono troposférico. O NO2 é também a principal fonte de nitratos, que constituem uma fração importante das partículas PM2.5. Contribuem igualmente para o fenómeno das chuvas ácidas assim como para a eutrofização dos cursos de água e dos lagos, para a destruição da camada de ozono estratosférico e para o efeito de estufa. (Fonte: CCDR-LVT)
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