Início » O que fazemos » Comunicados de imprensa » ZERO destaca a palavra mais importante para a humanidade – SUFICIÊNCIA
Neste Dia da Terra, 22 de abril, a ZERO apela a todos, políticos, empresas e pessoas, a perceberem e a se alinharem com uma das palavras mais importantes para salvaguardarmos o planeta e a humanidade – a SUFICIÊNCIA. Vivemos várias crises: uma crise climática, uma crise de biodiversidade, uma crise de poluição e de excesso de utilização de recursos, e ainda uma crise de paz. A solução para estas crises passa, entre vários elementos, por uma mudança estrutural de paradigma da sociedade que evite o desperdício e use apenas o necessário.
Existem várias definições do conceito, mas segundo o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), a suficiência expressa-se em políticas, medidas e práticas quotidianas que evitam a procura de energia, materiais, água e terra, enquanto proporcionam bem-estar humano para todos dentro dos limites planetários. Ao colocar a suficiência no centro das suas políticas, atingiremos um planeta mais resiliente e com uma boa utilização dos recursos, proporcionando uma transição mais segura, justa e menos dispendiosa, por exemplo, para a neutralidade climática.
Estamos num mundo instável, numa era de múltiplas crises e em constante mudança. Na União Europeia, a pandemia de covid-19, a invasão russa da Ucrânia e uma situação geopolítica volátil, que resultou em aumentos de preços, contribuíram para uma situação difícil. Trouxeram as questões da segurança do aprovisionamento, da autonomia estratégica e da industrialização de novo para o topo da agenda.
A pegada material da União Europeia, isto é, a quantidade total de combustíveis fósseis, biomassa, metais e minerais que são consumidos, incluindo os incorporados nas importações, é atualmente de 14,8 toneladas per capita por ano, um valor que é mais do dobro do limiar considerado sustentável e justo. Contudo, apesar da utilização e do acesso abundantes da União Europeia à energia e aos recursos, muitos cidadãos ainda não conseguem satisfazer as suas necessidades fundamentais ou aceder a serviços essenciais, e as desigualdades crescentes ameaçam rasgar o tecido social das democracias.
Por outro lado, a extração e a transformação de recursos estão na origem das maiores crises da nossa geração: aquecimento global, perda de biodiversidade, stress hídrico, poluição e injustiça social. Os dados são claros: 90% da perda global de biodiversidade e do stress hídrico, 50% das emissões globais de gases com efeito de estufa e mais de 30% dos impactos da poluição atmosférica na saúde são causados pela extração e transformação de recursos. Sendo a União Europeia um dos maiores consumidores de recursos do mundo, é também a ela que cabe a responsabilidade de fazer diferente, tornando o acesso aos recursos mais equitativo e garantido uma redução efetiva no seu uso para garantir que poderemos “viver bem, dentro dos limites do planeta”, respeitando uma lógica de suficiência.
O apelo à suficiência, na forma de um manifesto com mais de 85 organizações signatárias, incluindo a ZERO
As próximas eleições europeias, que irão ditar, em larga medida, o que irá acontecer na UE, mas também em Portugal, nos próximos cinco anos, serão um momento crítico para decidir o caminho para um futuro diferente, focado em aumentar a resiliência do espaço da UE, enquanto se reduzem dependências do exterior, desigualdades e se promove o bem-estar de todos dentro dos limites do planeta. Para tal, é fundamental colocar a gestão da procura no centro da agenda estratégica da UE através de uma abordagem orientada para a suficiência. A ZERO aproveita este Dia da Terra para divulgar o manifesto1 de que é signatária (entre mais de 85 organizações de diferentes áreas) lançado em março: “Uma Europa resiliente e inteligente na forma como usa os recursos: colocar a suficiência no centro da ação da UE”. A proposta destas organizações é que o tema da suficiência seja integrado na agenda estratégica da UE, que irá guiar os trabalhos das instituições europeias durante o próximo mandato.
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