ZERO distingue sete personalidades como associados honorários

Figuras marcantes do ativismo, da ciência e da participação da sociedade civil

Em Assembleia Geral da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, realizada em Lisboa no passado dia 1 de abril, e de forma a comemorar os seus sete anos de existência, a associação distinguiu sete figuras marcantes que têm combinado diversas vertentes de ação ao longo da sua vida, incluindo a sua conduta na administração pública em prol da sustentabilidade, a atividade científica e o envolvimento em organizações da sociedade civil, atribuindo-lhes o título previsto nos seus estatutos de associados honorários. São personalidades que merecem um elogio pela sua dedicação e trabalho das escalas regional à internacional, com resultados muito significativos no conhecimento e salvaguarda do património natural e construído. Por ordem alfabética dos nomes pelos quais são habitualmente identificados, são: Antunes Dias, Eugénio Sequeira, Galopim de Carvalho, Helena Roseta, João Talhadas dos Santos, Jorge Paiva e Luísa Schmidt.

Junto segue uma curtíssima biografia de cada um:

António Antunes Dias, biólogo e investigador do então Instituto Nacional de Investigação das Pescas (entretanto integrado no IPMA); foi Diretor da Reserva Natural do Estuário do Tejo, criada em 1976, e da Reserva Natural do Estuário do Sado, criada em 1980, ajudando a consolidar a rede nacional de áreas protegidas e foi um reputado especialista em zonas húmidas e um incansável lutador pela sua intransigente preservação.

António Marcos Galopim de Carvalho, geólogo, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, responsável pelo carinho do público pelos dinossauros, deu visibilidade às esquecidas pegadas da pedreira de Carenque, no concelho de Sintra, um dos trilhos mais longos do Cretáceo conseguindo salvá-las, sendo um símbolo da defesa e preservação do património cultural e científico.

Eugénio Manuel Bilstein de Menezes de Sequeira, engenheiro agrónomo, investigador coordenador, professor convidado, foi coordenador do Grupo de Conselho Científico do Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas e Presidente da Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo, ativista e Presidente da Liga para a Proteção da Natureza durante vários anos foi também membro do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Conselho Nacional de Combate à Desertificação.

Jorge Américo Rodrigues Paiva, botânico e ecólogo, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, realizou extensas explorações botânicas na África Austral (Angola, Malawi, Moçambique), Ásia Central (Azerbaijão), no oeste do Brasil, nas ilhas africanas (Canárias, Cabo Verde e Madeira), Europa (Portugal e Espanha) e na África tropical (São Tomé e Príncipe);  é reconhecido pela sua defesa inequívoca dos valores naturais a título individual e através de diversas associações de ambiente e comissões nacionais e internacionais.

Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, arquiteta formada na Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Lisboa, foi deputada na Assembleia da República, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa e Presidente da Câmara de Cascais, perita da OCDE para a Sustentabilidade Urbana, coordenadora nacional voluntária do programa Bairros Sustentáveis, tendo dedicado grande parte da vida ao trabalho em movimentos cívicos e à promoção de políticas para melhor habitação.

Maria Luísa Schmidt, socióloga especialista nas áreas da comunicação e do ambiente, investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem aliado a investigação à promoção da cultura científica e à sensibilização das populações para as políticas públicas na área do ambiente, nomeadamente através de diversos livros e artigos de opinião regulares no jornal Expresso; é membro do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Paulo Talhadas dos Santos, doutorado em Biologia, é Professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, investigador no CIIMAR, Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental onde faz investigação na área da Biologia Marinha e Estuarina, foi durante muitos anos ativista ambiental, tendo assumido a Presidência do FAPAS – Fundo Para a Proteção dos Animais Selvagens e sido membro da direção da Associação Transumância e Natureza.