Início » ZERO lamenta falhanço das negociações do Tratado Global sobre Plásticos e culpa interesses instalados ligados aos fósseis
Ainda que fosse muito improvável chegar-se a um acordo para um Tratado Global sobre os Plásticos em mais esta ronda de negociações que terminou na madrugada de ontem, sábado, em Genebra, a ZERO não pode deixar de assinalar a sua deceção com a incapacidade de encontrar um entendimento alargado sobre a necessidade de reduzir os impactos negativos da poluição por plástico, mesmo perante tantas evidências científicas que apontam para a urgência de agir.
Contudo, este fracasso não deve ser visto como o fim do caminho. Agora é hora dos países mais ambiciosos e que lutaram até ao último minuto por um Tratado eficaz para reduzir a poluição por plástico, juntarem forças e avançarem por si.
A situação ideal seria a de ser possível contar com todos os países, mas mais importante do que estarem todos, é não parar o processo e não ceder à aprovação de um texto que, não trazendo nada de novo, iria servir de cortina de fumo para garantir que a indústria fóssil conseguiria manter-se no seu negócio.
Para quem acompanhou as diferentes rondas de negociação do Tratado é fácil perceber que têm sido usados os mesmos argumentos há mais de dois anos, sem que se vislumbre qualquer convergência. Portanto, é tempo de construir novos caminhos. Nesse sentido a ZERO (a par com as suas congéneres um pouco pelo mundo inteiro) exorta os mais de 120 países que demonstraram efetivo interesse em conseguir um tratado forte e juridicamente vinculativo que reduza a produção de plástico e proteja a saúde humana, os direitos humanos e o ambiente – onde se incluem países como a Colômbia, o Panamá, as Fiji, o Reino Unido e a União Europeia – que mantenham o seu empenho na defesa das medidas baseadas na ciência e encontrem novas formas de colaboração e trabalho conjunto para fazer avançar o tema.
Entretanto, a luta contra a poluição por plásticos continuará de várias formas em todo o mundo. As comunidades que mais diretamente lidam com os maiores impactos da poluição por plástico continuarão a contestar — inclusive por via judicial — instalações e práticas nocivas, como a produção e expansão petroquímica, a incineração e o colonialismo dos resíduos. As organizações não-governamentais e as comunidades, juntamente com as autoridades locais e as (pequenas) empresas, estão a apoiar quadros regulamentares sólidos a nível nacional e local, enquanto implementam soluções de resíduos zero, incluindo sistemas de reutilização e recarga, abrindo caminho para um futuro livre da poluição por plásticos.
Desde 2022, 175 países têm estado a negociar o Tratado Global sobre os Plásticos. Na opinião da ZERO, para se assegurar que o Tratado Global sobre os Plásticos resulta em medidas efetivas que protejam o ambiente, a biodiversidade, a saúde humana e os direitos humanos terá de incluir os seguintes elementos-chave:
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |