Início » ZERO quer saber como e quando vai ser resolvido o problema da Pedreira do Zambujal em Sesimbra, que recebeu ilegalmente resíduos
A pedreira do Zambujal em Sesimbra, que recebeu ilegalmente resíduos durante vários anos, continua a ser um problema ambiental, existindo um estudo aprovado pela Comissão de Coordenação de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) com propostas para resolver esta situação, o qual terá recebido agora homologação por parte do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), depois da ZERO ter insistido junto do Governo no sentido para saber qual o ponto da situação deste processo.
Esta situação já se arrasta há vários anos, tendo sido inclusivamente proibido o depósito de resíduos nessa pedreira, mas a libertação de vapores oriundos dos resíduos lá enterrados e o desconhecimento público das características desses gases e dos resíduos que lhes dão origem causam uma legítima preocupação nas populações que habitam na envolvente da pedreira.
A ZERO tentou saber junto da CCDRLVT qual o ponto da situação deste processo, tendo recebido a informação que o estudo que tinha sido encomendado pela CCDRLVT a uma empresa de consultoria, para avaliação ambiental da pedreira e apresentação de propostas para resolução do problema, já tinha sido entregue em junho do ano passado, pelo que a CCDRLVT o encaminhou para o MAAC para homologação em setembro.
Face a essa informação, a ZERO solicitou ao MAAC, a 28 do passado mês de fevereiro, a disponibilização do estudo em causa, mas ainda não recebeu qualquer resposta oficial.
Soubemos, entretanto, por outras vias, que a proposta da CCDRLVT terá sido recentemente homologada e prevê que seja feito um confinamento técnico dos resíduos depositados na pedreira (melhoria das condições de funcionamento do aterro existente) e a renaturalização do local.
A ZERO considera positivo que esta homologação tenha ocorrido, no entanto considera que é fundamental que o Ministério divulgue os resultados do estudo realizado, nomeadamente em relação aos seguintes aspetos:
– Quais as características dos resíduos que estão depositados na pedreira;
– Qual a origem dos fumos que são emitidos a partir da pedreira;
– Qual a qualidade do ar na envolvente da pedreira;
– Quais as consequências desses gases para a saúde pública;
– Como vai ser feito o referido “confinamento técnico”;
– Que medidas vão ser realizadas para a renaturalização do local;
– Quando terão início estas obras e qual o seu custo.
Rui Berkemeier, da Associação ZERO, considera que “o caso da pedreira do Zambujal, para além do problema ambiental em si, com eventuais consequências para a saúde pública e o ambiente, decorrentes da libertação de efluentes líquidos e gasosos, é mais um exemplo dos riscos que existem quando se autoriza a colocação de resíduos em pedreiras, prática que tem sido recorrente no nosso país”.
A ZERO considera urgente a resolução deste passivo ambiental e a clarificação dos impactes ambientais e na saúde pública decorrentes desta situação, apelando ao Sr. Ministro do Ambiente e da Ação Climática para que divulgue de imediato o estudo em causa e tome as medidas nele identificadas para sanar o problema ambiental existente na pedreira do Zambujal.
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