Início » Uber está atrasada na sua meta de eletrificação nas cidades europeias, mas Lisboa está na frente
ZERO considera que são essenciais apoios à rede de carregamento de frotas de mobilidade partilhada, táxis e distribuição de bens
No ano passado, a Uber anunciou que metade de suas viagens em sete cidades (Lisboa, Madrid, Paris, Londres, Bruxelas, Amesterdão e Berlim) seriam livres de emissões até 2025, no quadro da campanha #TrueCostOfUber da T&E com intervenção da ZERO, no caso de Portugal. Mas os dados mostram que, em 18 meses, as emissões médias de suas viagens caíram apenas 6%, para 97,2 gCO2/km.
A Uber tem pouco mais de três anos para chegar a 50% dos quilómetros percorridos em modo 100% elétrico. De acordo com a análise da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (Transport & Environment) de que a ZERO é membro, a Uber está muito atrasada na sua promessa de eletrificar metade das suas viagens em sete capitais europeias – menos de 5% dos quilómetros percorridos na plataforma são em veículos totalmente elétricos.
Lisboa, Londres e Amsterdão apresentam as maiores taxas de viagens elétricas na plataforma Uber, entre 6 e 9%, com Lisboa a ter a percentagem mais elevada entre as sete cidades em causa. Mas Paris, Madrid, Berlim e Bruxelas estão a ficar para trás, quase sem carros elétricos à disposição para os passageiros da Uber.
A Uber teve um desempenho melhor onde já é necessário ou onde se perspetiva que tal venha a ser uma exigência para circulação em determinadas zonas e, no caso de Lisboa, as novas regras da Zona de Emissões Reduzidas Avenida-Baixa-Chiado – agora incerta com a nova Presidência da Câmara Municipal – foram absolutamente determinantes para este objetivo de viagens elétricas até 2025. Onde ainda não existe nenhum impulso regulatório – em Bruxelas ou Berlim – a Uber fez pouco para progredir.
Confirma-se assim que a mudança da Uber de veículos poluentes para veículos elétricos está a ser muito mais rápida em cidades onde a empresa de mobilidade partilhada assumiu diretrizes mais ambiciosas relativamente à sua frota e onde se perspetivam limitações grandes a veículos a combustão em determinadas zonas das cidades, do que naquelas com poucos ou nenhuns requisitos. Tal mostra a necessidade de, à escala nacional e principalmente à escala local, os autarcas serem exigentes relativamente à redução do tráfego rodoviário, em particular no que respeita à circulação de veículos a combustão, não apenas por motivos de mitigação climática, mas também face aos impactes na saúde e ao incumprimento legal que se verifica em cidades como Lisboa e Porto. Na área dos transportes, se os políticos não estabelecerem metas ambiciosas, os fornecedores de transporte demorarão a chegar a zero emissões.
À escala europeia, mais de um ano após sua grande promessa elétrica, o progresso é desanimador. A meta é uma percentagem agregada nas sete cidades, o que significa que, se Londres e Amsterdão chegarem a 100%, Bruxelas e Berlim podem ficar em zero. Para garantir que a Uber faz progressos em todas as cidades, as autoridades municipais devem exigir que todas as frotas de elevada quilometragem operando em áreas urbanas sejam compostas por veículos com emissão zero a partir de 2025. As autoridades municipais e nacionais devem melhorar a infraestrutura de carregamento para garantir que pontos de carregamento lentos e acessíveis estejam disponíveis perto das casas dos motoristas, em combinação com centros de carregamento rápido nas cidades.
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