Início » ZERO: Em defesa dos utilizadores mais vulneráveis do espaço público
É fundamental adaptar as cidades de forma a permitir uma coexistência sem riscos entre o tráfego automóvel e modos suaves de transporte – a pé e de bicicleta.
No passado dia 10 de Julho, ao final da tarde, uma jovem ciclista de 16 anos foi atropelada mortalmente quando atravessava uma passadeira para peões e ciclistas no Campo Grande, após um automobilista alegadamente não ter respeitado a sinalização semafórica e ter passado com o semáforo vermelho.
A ZERO lamenta a perda da vida da jovem Ana Catarina Oliveira, mais um exemplo de como não é ainda possível caminhar, pedalar e usufruir dos espaços públicos das nossas cidades, em segurança.
Durante décadas as cidades foram planeadas para a utilização de viaturas automóveis que se foram apropriando dos espaços públicos, com claro prejuízo para os peões e para os ciclistas. Hoje, mudar mentalidades e proceder a alterações que permitam redistribuir os espaços da cidade para integrar outros modos de transporte, incluindo a utilização da bicicleta, não se avizinha ser uma tarefa fácil. Mas é urgente fazê-lo.
O Campo Grande em Lisboa, é o exemplo de um jardim ladeado por túneis e vias tráfego com um perfil rodoviário muito generoso. A via urbana do Campo Grande, que liga três túneis subterrâneos é praticamente uma “autoestrada”, com faixas de rodagem muito largas que convidam a velocidades elevadas, as quais são propícias ao incumprimento da sinalização semafórica.
Mas o Campo Grande é também ele um espaço ladeado por colégios, universidades, lojas, restaurantes e habitações, muito frequentado por peões e ciclistas, pelo que se torna fundamental criar condições para que estes se possam deslocar de forma segura, sem conflitos com o tráfego rodoviário como o que implicou a perda de uma vida humana.
A ZERO considera que a situação verificada não pode voltar a acontecer! É necessário agir já, seja com a instalação de radares ou outro tipo de soluções que efetivamente reduzam a velocidade do tráfego na área urbana. Algo tem que ser feito para honrar a vida interrompida da Ana Catarina.
A Câmara de Lisboa tem vindo a introduzir ciclovias em várias zonas da cidade, respondendo em certa medida a um número crescente de utilizadores que utilizam a bicicleta para se deslocarem para o trabalho, escola e universidade, no entanto é necessário fazer mais. É necessária uma intervenção, que promova uma coexistência em segurança dos diferentes modos de transportes, evitando acidentes como aquele que infelizmente aconteceu no Campo Grande.
Neste campo a ZERO defende que:
Hoje, 5ª feira, dia 16 de Julho, pelas 19h00, junto à passadeira do Campo Grande, em Lisboa (em frente à Biblioteca Nacional), vai ter lugar uma vigília de homenagem à Ana Catarina, pelo fim dos atropelamentos na cidade, iniciativa à qual também a ZERO se associa.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |