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As alterações climáticas são o maior desafio que a humanidade enfrenta. Embora algumas delas sejam causadas por variações naturais, as atividades humanas têm acelerado e amplificado este fenómeno, com consequências severas para o planeta. O uso de combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás – resulta em enormes emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa, trazendo uma pesada fatura a pagar: alterações climáticas, como o aquecimento global e fenómenos meteorológicos extremos. Simultaneamente, a desflorestação à escala global impede que o carbono em excesso na atmosfera possa ser removido naturalmente.
Na verdade, desde a década de 1950 que temos assistido a fenómenos nunca antes vistos na história da humanidade: as concentrações de gases de efeito estufa aumentaram substancialmente, resultando num aquecimento da atmosfera e dos oceanos, na diminuição da quantidade de neve e gelo, na subida do nível do mar, e na ocorrência de eventos extremos como secas, inundações e ondas de calor. A nível global, cada uma das três últimas décadas tem sido sucessivamente mais quente do que qualquer década anterior desde 1850, e os últimos oito anos (2015-2022) foram os mais quentes desde sempre. O ano de 2016 fica mesmo na história como o ano mais quente desde que há registos, sendo que a temperatura média da Terra já está cerca de 1,1℃ acima dos valores pré industriais.
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Uma mudança no clima como a que temos observado tem consequências muito severas para a humanidade e para espécies animais e vegetais, contribuindo para o declínio da biodiversidade pois as espécies não têm tempo de se adaptar, especialmente se a mudança for brusca como a que estamos a viver. Estas espécies incluem plantas e animais que servem de base à alimentação humana: uma pequena quebra de produção de determinados alimentos fundamentais pode ter consequências devastadoras para a economia global e para as populações, sobretudo as mais vulneráveis. A escassez de alimentos leva a aumentos de preços, conflitos económicos, e em última instância, guerras e doenças.
Por outro lado, o aumento do nível dos oceanos e a ocorrência de fenómenos extremos pode ter efeitos destrutivos nas populações humanas, desde custos pesados em adaptação e reparação até à perda de vidas. Os refugiados climáticos são um fenómeno cada vez mais frequente e que vem agravar ainda mais as crises migratórias.
Um dos principais impactos das alterações climáticas é a subida do nível médio do mar que, à escala mundial, pode atingir um metro no ano 2100. Muitas regiões insulares e zonas costeiras estão já a ser afetadas por esta subida.
Para Portugal, especificamente, o pior cenário prevê uma subida da temperatura média anual de 7℃ entre 2081-2100, em comparação com os dados registados no período de 1986-2005. A precipitação também irá sofrer alterações significativas, com um decréscimo de 15% até 2100 nos meses de Outono/Inverno. Na Primavera/Verão a precipitação diminuirá 25%. Estas mudanças podem ter consequências graves na agricultura, na ocorrência mais frequente de fogos devastadores e na incidência da mortalidade nos meses de calor, entre outras.
Como estamos já a sofrer consequências devido às alterações climáticas, as respostas têm de passar tanto pela mitigação, como pela adaptação. Por um lado, reduzir e estabilizar as emissões de gases com efeito de estufa que aquecem a atmosfera é essencial. Por outro, devemos implementar medidas de adaptação que permitam enfrentar os fenómenos negativos que já estão a ocorrer.
A questão da mitigação parece uma equação fácil, mas de difícil realização. Temos de estancar a dependência de combustíveis fósseis e transitar para uma utilização de energia limpa e renovável. Além disso, temos de parar a desflorestação e restaurar os nossos habitats naturais até chegarmos à neutralidade carbónica – o que significa que a libertação de gases com efeito de estufa na atmosfera é equilibrada com a captura e armazenamento desses gases. Quanto mais depressa conseguirmos atingir este equilíbrio, melhor será o nosso futuro.
No entanto, como os efeitos das alterações climáticas, mesmo que mitigados, demorarão décadas, a adaptação, no sentido da alteração de comportamentos, sistemas e modos de vida por parte da humanidade, é crucial. As soluções de adaptação também variam consoante o local, são difíceis de prever, e envolvem muitas contrapartidas. Um dos primeiros passos para a adaptação às alterações climáticas passa por compreender os riscos locais e desenvolver planos para os gerir. O passo seguinte é tomar medidas – colocar sistemas em prática para responder aos impactos que vivemos hoje, enquanto nos preparamos para um amanhã incerto.
A ZERO tem por objetivos nesta área:
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